Milhares de cartas por entregar em Loulé e São Brás de Alportel
Correspondência não chegou aos destinatários.
"Temos reclamações quase diárias de munícipes indignados porque não recebem a correspondência ou recebem cartas importantes com prazos de resposta ou de pagamento muito depois da data limite. É uma situação que nos deixa muito preocupados", assumiu ao CM António Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, em relação à limitada distribuição de correspondência por parte do Centro de Distribuição de Loulé dos CTT.
Esta sexta-feira, terminou uma greve de dois dias dos funcionários deste centro, que reclamam a contratação de mais trabalhadores.
Segundo o CM apurou, são largas dezenas de milhares de cartas que estão para ser entregues no concelho louletano e no de S. Brás de Alportel, e a principal causa será a falta de trabalhadores. Foi por isso que os funcionários deste centro estiveram em greve na quinta e sexta-feira, pedindo mais mão de obra.
"Estou inteiramente de acordo com essa reivindicação porque os CTT têm de prestar um serviço melhor", realça o autarca, que apela ao Governo para que volte a tornar os CTT num serviço público, uma vez que a concessão - agora privada - será renegociada em 2020.
PORMENORES
Adesão à greve
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações refere que só três pessoas trabalharam no Centro de Distribuição de Loulé na quinta-feira, e quatro na sexta-feira. Isto num universo de 28 trabalhadores, o que traduz uma grande adesão à greve.
Funcionários ameaçados
Devido à limitada distribuição nos dois concelhos, o sindicato admite que os carteiros são ameaçados, de forma verbal, na rua, devido à insatisfação dos clientes dos CTT por não receberem a correspondência.
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