Sete julgados pela morte de Giovani em Bragança
Tentativa de homicídio aos amigos do jovem passa a ofensas.
Dos oito arguidos acusados no caso da morte de Luís Giovani, em Bragança, sete seguem para julgamento e um não foi pronunciado. Houve também uma requalificação jurídica na tentativa de homicídio dos amigos do jovem cabo-verdiano - passou para crime de ofensas à integridade física.
A decisão instrutória foi conhecida esta segunda-feira. Um dos arguidos, antigo bombeiro, acusado de favorecimento pessoal por ter escondido parte de uma moca usada nas agressões, foi já absolvido por falta de indícios.
Os restantes sete, acusados de terem agredido os quatro estudantes cabo-verdianos na madrugada de 21 de dezembro do ano passado, e de onde resultou a morte de Luís Giovani Rodrigues, de 21 anos, vão responder em julgamento.
Ficam acusados de um crime de homicídio qualificado e de três crimes de ofensa à integridade física qualificada pelas agressões aos amigos da vítima mortal.
Foi ainda incluída na acusação uma queda de Giovani numas escadas, descrita pelos amigos nesta fase de instrução. A defesa dos arguidos tem usado esse facto para lançar a dúvida sobre se o traumatismo cranioencefálico que provocou a morte do jovem resultou de agressões ou de acidente. A autópsia não é conclusiva, deixando em aberto todas as hipóteses.
"Começamos agora a perceber que outros factos estão na origem do processo, e não só aqueles que a acusação trouxe", sublinhou Ricardo Vara Cavaleiro, um dos advogados de defesa, que admite recorrer para o Tribunal da Relação de Guimarães.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt