André Ventura quer saber velocidade do carro de Cabrita

"A que velocidade circulava o veículo oficial do MAI e qual a justificação para tal?", foi uma das perguntas feitas por André Ventura.

27 de junho de 2021 às 11:31
André Ventura Foto: Lusa
Carro oficial de Eduardo Cabrita Foto: Paulo Cunha / Lusa

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O deputado único do Chega, André Ventura, questionou formalmente o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, sobre a velocidade a que ia o carro oficial que transportava o governante e atropelou mortalmente um tranbalhador na autoestrada A6, no dia 18.

"A que velocidade circulava o veículo oficial do MAI e qual a justificação para tal?" e "o veículo seguia em marcha de urgência ou marcha normal, no regresso da deslocação do senhor Ministro  a Portalegre?" são duas das três questões colocadas por André Ventura a Eduardo Cabrita, de acordo com o documento a que o CM teve acesso.

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A terceira questão está relacionada com as notas de imprensa do gabinete do ministro, que imputaram culpas ao trabalhador (alegam que estaria a atravessar a autoestrada) e, tal como o CM noticiou, podem atrasar ou travar a entrega de indemnizações à família. "Confirma-se ou não que o infortunado trabalhador circulou de forma incauta e imprudente na faixa de rodagem central, quando as obras se realizavam na berma da estrada?", é questinado pelo Chega.

Na justificação para a interpelação ao ministro, que deu entrada sábado no Parlamento, André Ventura alerta para "noticias perturbadoras relativamente ao acidente". "Efetivamente, numa primeira fase, o Ministério da Administração Interna deu a entender que a culpa do sinistro se devia, em exclusivo, ao comportamento do próprio trabalhador, que teria atravessado a faixa de rodagem central apesar de os trabalhos decorrerem essencialmente na berma da estrada. Num segundo momento, foram remetidos todos os esclarecimentos para uma investigação que estará a decorrer a sua tramitação normal", descreve.

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As questões justificam-se, afirma, por se tratar "de um veículo oficial, em viagem oficial, suportada pelo dinheiro dos contribuintes e em missão de necessário interesse público, pelo que há questões importantes que devem ser esclarecidas e tornadas públicas, para lá dos resultados da própria investigação". "Na verdade, a ação das viaturas do Estado, sobretudo em missão oficial, deve pautar-se pelo estrito cumprimento das regras e, em qualquer caso, não se devem furtar aos necessários esclarecimentos públicos no devido tempo", concluiu André Ventura.

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