Mulher morre com enfarte após três horas de espera nas urgências do Hospital de Braga
Utente recebeu pulseira amarela e caiu inanimada na sala de espera sem ser observada por um profissional médico.
A Entidade Reguladora da Saúde deu razão a um homem que reclamou do serviço prestado nas urgências do Hospital de Braga que levou à morte da sua mãe após três horas de espera sem ser vista por um profissional médico.
A utente deu entrada nas urgências pelas 17h00, com suspeita de enfarte do miocárdio, tendo-lhe sido aplicada a pulseira amarela na triagem. Durante três horas, a utente não foi chamada tendo cerca das 20h00 caído inanimada na sala de espera.
O óbito foi declarado às 20h04m.
A ERS considera que a conduta do Hospital "desrespeitou os legítimos interesses do utente", não assegurando os cuidados que o mesmo necessitava em tempo útil.
A deliberação dá ainda instruções de conduta para o hospital de modo a "garantir em permanência que na prestação de cuidados de saúde, em contexto de
Serviço de Urgência, sejam respeitados os direitos e interesses legítimos dos utentes, nomeadamente, o direito aos cuidados adequados e tecnicamente mais corretos, que devem ser prestados humanamente e com respeito pelo utente". É ainda sugerido que se adotem "procedimentos internos necessários para garantir que os cuidados de saúde descritos" são prestados "com qualidade, celeridade, prontidão, não os sujeitando a períodos de espera excessivamente longos para realização de tratamentos e procedendo à sua retriagem sempre que excedido o tempo alvo de atendimento".
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