"A Marinha não manda navios para o mar sem que eles estejam nas devidas condições", garante Gouveia e Melo
13 militares da Marinha recusaram-se a efetuar uma missão por alegadas "limitações técnicas graves".
O chefe do Estado-Maior da Armada, Henrique Gouveia e Melo garantiu esta quarta-feira perante os meios de comunicação social que "a Marinha não manda navios para o mar sem que eles estejam nas devidas condições".
No passado sábado, 13 militares da Marinha recusaram-se a efetuar uma missão por alegadas "limitações técnicas graves, que comprometem a segurança do pessoal e do material". Tratava-se do Navio "Mondego" no Funchal. Os quatro sargentos e nove praças arriscam agora uma pena de cinco anos de prisão por insubordinação.
O caso gerou polémica e pôs em causa a qualidade do equipamento militar e também a manutenção das máquinas. A todas as suspeitas, o almirante sublinha que todas as missões obrigam o "risco" e quem poderá verificar se existem todas as condições é o comandante do navio.
"Trata-se de um problema de disciplina, não de manutenção", salientou Gouveia e Melo.
O almirante Gouveia e Melo aproveitou ainda para dizer que a investigação terminará em breve e que os visados serão presentes à lei portuguesa e aos regulamentos disiciplinares.
"Amanhã (quinta-feira) irei falar à minha guarnição, na Madeira, e direi o que é que acho do processo. Mas volto a repetir, não há Forças Armadas em nenhum país sem disciplina. As Forças Armadas são exigentes, obrigam a sacrifícios, a riscos e a disciplina é essencial enquanto cola das Forças Armadas".
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