"É um assunto com prioridade": Marcelo quebra silêncio sobre protestos dos polícias

Marcelo explica que boicote às eleições poderia traduzir-se na insegurança da democracia, mas refere que nunca teve dúvidas que "ninguém poria em causa as eleições".

07 de fevereiro de 2024 às 16:43
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou, esta quarta-feira, pela primeira vez sobre os protestos das forças de segurança (PSP e GNR), que exigem o pagamento de um subsídio de função igual ao da Polícia Judiciária. "Diria que objetivo principal da plataforma tem sido atingido, que é sensibilizar os portugueses", começa por dizer Marcelo, que explica que os "portugueses continuam a sentir-se seguros".Marcelo referiu que "falou-se a certa altura da ideia de que poderia estar em causa a realização de eleições", por falta de agentes, mas descartou essa possibilidade.

Marcelo explica que boicote às eleições poderia traduzir-se na insegurança da democracia, mas refere que nunca teve dúvidas que "ninguém poria em causa as eleições".

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Para o Chefe de Estado, não há dúvidas de que o próximo Governo tratará como prioridade o assunto que levou polícias da GNR e da PSP aos protestos. 

"Não tenho dúvidas de que um dos objetivos prioritários será corresponder a uma legítima aspiração e a correção de uma desigualdade que se introduziu", disse. 

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O Presidente da República aproveitou ainda para aconselhar as forças de segurança a não perderem o apoio dos portugueses.

"É importante que, em cada passo que se dá, quem permanentemente está a prosseguir uma luta que é justa o faça tendo presente o apoio que não pode deixar de ter dos portugueses", afirmou.

"Em cada momento é preciso que as forças de segurança vão, naquilo que é a sua contestação, nas suas ações de luta, encontrando formas que correspondam a este sentimento de segurança dos portugueses", aconselhou.

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Por outro lado, Marcelo Rebelo de Sousa discordou que os protestos das forças de segurança sejam apresentados "como um braço de ferro entre grupos reivindicativos e o Governo" em gestão, contrapondo que "o que interessa verdadeiramente é olhar para os que vão ser protagonistas do futuro" após as legislativas.

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