Ex-inspetores do SEF condenados pela morte de Ihor Homeniuk tiveram direito a saída precária de três dias
Licença foi-lhes concedida para passarem a Páscoa em casa.
Os ex-inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) condenados pela morte de Ihor Homeniuk, cidadão ucraniano, nas instalações do extinto Serviço de Estrangeiros e Fronteiras no aeroporto de Lisboa, saíram, esta sexta-feira, em prisão precária nos próximos três dias.
A licença de precária, a primeira atribuída aos três condenados, foi-lhes concedida para passarem a Páscoa em casa. A CMTV captou em exclusivo a saída dos ex-inspetores da prisão de Évora que são obrigados a regressar ao final da tarde de domingo.
Bruno Sousa foi o único a sair de cara descoberta e a falar ao CM. "Falaremos depois, quando for oportuno", referiu.
A decisão foi tomada em simultâneo para os três pelo magistrado de execução de penas do Tribunal de Évora - instância judicial que aprecia os pedidos de saídas precárias e liberdade condicional.
Luís Silva, Bruno Sousa e Duarte Laja, foram condenados a nove anos de prisão por ofensa à integridade física grave qualificada, agravada. Em agosto, apresentaram-se na prisão de Évora para cumprir os quase seis anos que lhes restam, após terem estado desde 2020 em prisão domiciliária.
Segundo a acusação do Ministério Público no primeiro processo, Ihor Homeniuk morreu por asfixia lenta, após agressões a pontapé e com bastão perpetradas pelos inspetores, que causaram ao cidadão ucraniano a fratura de oito costelas. Além disso, tê-lo-ão deixado algemado com as mãos atrás das costas e de barriga para baixo, com dificuldade em respirar durante largo tempo, o que terá causado paragem cardiorrespiratória.
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