Assaltos em Ramalde no Porto estão a ser alvo de inquéritos judiciais

PSP afirma que "tem procurado desenvolver um policiamento que conduza à diminuição das causas de contestação da população ali residente".

17 de maio de 2024 às 16:59
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A PSP do Porto afirmou esta sexta-feira que os assaltos ocorridos na zona de Pinheiro Manso, em Ramalde, estão a ser alvo de inquéritos judiciais e que está a trabalhar para aumentar o sentimento de segurança da população.

Em resposta escrita enviada à Lusa, a PSP afirma que "tem procurado desenvolver um policiamento que conduza à diminuição das causas de contestação da população ali residente".

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Vários moradores de Ramalde, a segunda freguesia com mais população do concelho do Porto, vão criar uma associação para alertar as entidades públicas, como a Câmara do Porto e o Ministério da Administração Interna (MAI), para o aumento de criminalidade e insegurança na zona de Pinheiro Manso.

Segundo contaram à Lusa os moradores, os assaltos, realizados "sobretudo por toxicodependentes", são diários.

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Além de assaltarem carros, também roubam tampas de esgotos, grelhas de sarjetas, telhas e placas de zinco.

Alegadamente, estes objetos e materiais são posteriormente vendidos a um sucateiro que existe nas proximidades daquela freguesia.

Questionada pela Lusa, a PSP avançou que relativamente aos ilícitos criminais "estão a decorrer inquéritos judiciais".

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A PSP assegura ainda estar atenta e a trabalhar para "aumentar o sentimento de segurança dos cidadãos, assim como diminuir os índices de criminalidade, no intuito de conferir maior segurança no local".

Na quinta-feira, em declarações à Lusa, a presidente da Junta de Freguesia de Ramalde, Patrícia Rapazote, defendeu a necessidade de a PSP ser reforçada face à "onda de assaltos contínua" e de se reabrir uma esquadra "para garantir a segurança" dos mais de 38.000 habitantes.

Em Ramalde já chegaram a existir três esquadras da PSP (Pinheiro Manso, João de Deus e Francos), mas atualmente só existe uma, a Esquadra do Viso.

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A par do reforço dos efetivos e esquadras da PSP, Patrícia Rapazote salientou a importância do sistema de videovigilância, que opera desde junho de 2023 na cidade, ser alargado a Ramalde.

"Era muito importante, não como uma substituição da PSP, mas como uma ferramenta útil e de auxílio aos profissionais", observou, dizendo que o sistema poderia também ser dissuasor da criminalidade.

Em outubro de 2023, o Comando Metropolitano da PSP do Porto adiantava que a criminalidade violenta e grave naquela zona do Porto tinha aumentado comparativamente a 2022, bem como o número de detenções relacionadas com o tráfico de estupefacientes.

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No entanto, a criminalidade geral participada diminuiu, tendo sido participados 358 crimes em 2022 e 323 em 2023.

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