22 proprietários ainda resistem a demolições
Tentam reverter a situação com providências cautelares interpostas nos tribunais.
Saíram, esta quarta-feira, as últimas máquinas pesadas da ilha da Culatra, que estiveram na ilha-barreira da Ria Formosa na sequência do processo de renaturalização encabeçado pela Sociedade Polis e que demoliu 37 construções nos núcleos do Farol e Hangares. De um total de 60 expropriações, 22 proprietários ainda estão a lutar nos tribunais com providências cautelares e uma foi reavaliada pelo Governo, por pertencer a um pescador.
"Não foi um processo fácil, até porque implicou questões sociais sensíveis mas, no geral, o processo correu bem", disse, ao CM, José Pacheco, presidente da Sociedade Polis Litoral Ria Formosa, assumindo que as fortes críticas e manifestações feitas pelos ilhéus durante este processo "estavam no direito das pessoas".
A maquinaria pesada ficou depois nos areais da ilha a remover os detritos que resultaram das demolições das habitações, realizadas no final de abril e início de maio, no Farol e Hangares, num processo que tinha como prazo máximo para ser concluído o início da época balnear. "Ainda há umas pequenas limpezas a fazer no núcleo dos Hangares, mas terminam durante a próxima semana", garantiu José Pacheco, realçando que "durante o verão não vai haver demolições".
A aguardar ficam as 22 habitações que ainda estão a tentar reverter as posses administrativas em tribunal. "Ainda é cedo para dizer se vai haver ou não mais demolições. Não andamos a demolir só por demolir. Vamos ver como decorrem os processos", explicou o responsável da Polis Litoral da Ria Formosa.
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