Abertos nove processos disciplinares no caso da fuga de Vale de Judeus. Diretor da prisão entre os visados
Chefe da guarda prisional também vai ter processo disciplinar.
O ex-diretor da prisão de Vale de Judeus, Horácio Gomes Ribeiro, e oito guardas prisionais, incluindo o chefe da guarda, vão ter processos disciplinares na sequência da fuga de cinco reclusos da prisão de Vale de Judeus, a 7 de setembro.
A instauração dos processos disciplinares foi recomendada pelo relatório elaborado pelo Serviço de Auditoria e Inspeção (SAI) da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), que foi entregue ao ministério liderado por Rita Alarcão Júdice no dia 17 de outubro.
Horácio Gomes Ribeiro vai ter um processo disciplinar devido à alegada "violação dos deveres gerais de prossecução do interesse público, zelo e lealdade. O Diretor não zelou pelo cumprimento das orientações em matéria de vigilância e segurança, nomeadamente, na homologação das escalas", pode ler-se no comunicado do Ministério da Justiça.
A nota destacou ainda a abertura de dois inquéritos autónomos: um relativamente ao comissário do estabelecimento prisional, pela "falta de concretização de uma medida de segurança e sobre uma situação de absentismo prolongado"; e outro à Direção dos Serviços de Segurança "para avaliar o seu funcionamento e a capacidade de resposta a situações desta natureza".
O Ministério da Justiça remeteu ainda às entidades competentes certidão para apurar responsabilidades disciplinares em relação a militares da GNR sobre "as condições em que foram cedidas, sem autorização, as imagens de acontecimentos no estabelecimento prisional de Vale de Judeus à Comunicação Social.
Recorde-se que no dia 7 de setembro, Fábio Loureiro, Rodolf Lohrmann, Fernando Ribeiro Ferreira, Mark Cameron Roscaleer e Shergili Farjiani evadiram-se do estabelecimento prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre, Lisboa. Entretanto, Fábio Loureiro foi capturado pelas autoridades.
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