Acusados 13 jovens
O Ministério Público já acusou 13 jovens da morte do transexual e sem-abrigo que foi descoberto, em meados de Fevereiro, num poço do centro da cidade do Porto.
Segundo o despacho do MP do Tribunal de Família e Menores do Porto, todos os jovens, com idades entre 13 e 15 anos, são acusados de homicídio qualificado – na forma tentada – com dolo eventual, porque apesar de não serem os responsáveis pela morte de ‘Gisberta’, a verdade é que não podiam ter ignorado que as agressões conduziriam à sua morte, o que aconteceu. Seis jovens respondem ainda por crime de profanação de cadáver. O procurador Rui Amorim já notificou os envolvidos e o julgamento começará em Junho, à porta fechada, já que os acusados são menores.
O caso será julgado por um juiz de carreira e dois juízes sociais que formarão o colectivo que esclarecerá a morte de Gilberto Júnior no poço de um edifício em ruínas no Porto.
O transexual morreu na sequência de agressões, no fim-de-semana de 18 e 19 de Fevereiro, cometidas por um grupo de menores na sua maioria internados no Lar de São José. Onze encontram-se internados em centros de educação – um em regime fechado e os outros dez em semi-aberto – e dois foram de novo para as Oficinas de São José, um acusado por omissão de auxílio. O décimo quarto suspeito já tem 16 anos e responderá em Tribunal maior. Chegou a estar preso preventivamente, mas foi libertado, aguardando decisão do MP de acusação ou arquivamento.
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