Advogada pede "libertação imediata" de bombeiro que espancou a mulher em frente ao filho
Para a defesa, a medida de coação adequada seria apenas o termo de identidade e residência.
A defesa do bombeiro da Madeira, que espancou a mulher à frente do filho de 9 anos, pediu a libertação imediata do arguido, argumentando que a decisão de o colocar em prisão preventiva não cumpre os critérios legais.
"Eu neste momento, pretendo a libertação imediata deste arguido porque considero que ele está numa situação de prisão ilegal. Face a isso, apresentei, junto [do Tribunal] da Relação de Lisboa, um recurso de apelação e também um pedido de 'habeas corpus' [libertação imediata], junto do Supremo Tribunal de Justiça", afirmou Nanci Olival Camacho, em declarações à rádio Antena 1, citada pelo Jornal de Notícias.
Segundo a advogada, não existe o perigo de fuga, perturbação de inquérito e o de perturbação da ordem e tranquilidade públicas, que justificariam a prisão preventiva. Nanci Olival Camacho realça que os perigos não são apenas analisados "à luz dos atos já praticados", mas é "preciso fazer um juízo de prognose futuro do comportamento do arguido".
Para a defesa, a medida de coação adequada seria apenas o termo de identidade e residência, a menos gravosa de todas as medidas.
O arguido de 35 anos espancou a mulher, de 34, em frente ao filho de ambos, de apenas 9 anos. As agressões foram gravadas pela videovigilância da casa do casal e nas imagens vê-se e ouve-se o menor a implorar ao pai que pare de bater na mãe, que teve de ser hospitalizada. O homem foi detido pela PSP e, após primeiro interrogatório judicial ficou em prisão preventiva, enquanto aguarda o julgamento.
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