Agressor tramado por imagens ao lado de Santana Lopes em visita ao Jamaica

João Malheiro, de 46 anos, estava a ser procurado pelas autoridades pelo crime de violência doméstica contra a ex-mulher, que vive em Lousada. Na passada segunda-feira, foi tramado por imagens na televisão que o denunciaram.

Surgiu, por várias vezes, ao lado de Santana Lopes, como simpatizante do partido Aliança, aquando da visita do presidente do partido ao Bairro da Jamaica, no Seixal. A GNR deteve o agressor três dias depois.

Em comunicado, o partido garantiu não conhecer a identidade do homem. "Nem a Aliança nem qualquer um dos seus dirigentes, incluindo o presidente, faziam qualquer ideia sobre a identidade de uma pessoa que apareceu no Bairro da Jamaica e que será suspeito de um crime", referiu, acrescentando: "Nunca o tinham encontrado e tomaram-no por alguém que lá estava a título pessoal."

O Comando Territorial da GNR do Porto emitiu um comunicado, na sexta-feira, a dar conta da detenção. O caso estava a ser investigado pelo Núcleo de Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) da GNR de Penafiel.

Os militares tinham na sua posse mandados de detenção para cumprirem mas não conseguiam localizar o suspeito, apesar de saberem que estava a residir na área de Lisboa.

Seriam os elementos deste núcleo que viriam, mais tarde, a detetá-lo através das várias imagens difundidas pela comunicação social aquando da visita ao bairro.

Meios do NIAVE de Setúbal e da GNR de Sesimbra detiveram o agressor que ficou com pulseira eletrónica e apresentações bissemanais à polícia.

PORMENORES 

Inconformado

João Malheiro não se conformou com o divórcio e com a mudança da ex-mulher de Lisboa para Lousada. Perseguiu-a e ameaçou-a, com viagens ao Norte para invadir a sua casa e destruir objetos.

Alertas

Dois alertas de violência doméstica chegaram às autoridades, com o filho de ambos, de 14 anos, a ser envolvido nas agressões. Num dos casos, o homem arrombou a porta da garagem com o carro.

Bairro polémico

O líder do partido Aliança visitou o Bairro da Jamaica na sequência da polémica relacionada com confrontos entre agentes policiais e moradores. Já foram abertos inquéritos aos incidentes.