Ajuste direto trama o ‘vice’ de Mesquita

Vítor Sousa e Cândida Serapicos tentaram iludir contabilidade.

18 de fevereiro de 2016 às 13:32
17-02-2016_23_48_10 10 braga mesquita.jpg Foto: Eduardo Martins
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Pelo menos dez autocarros foram comprados à MAN para os Transportes Urbanos de Braga (TUB) através de ajuste direto no valor a rondar 1,5 milhões de euros. Segundo a investigação da Polícia Judiciária de Braga, Vítor Sousa - que foi ‘vice’ de Mesquita Machado - e Cândida Serapicos - vogal dos TUB - assinaram a nota de encomenda, sabendo que estavam a cometer uma ilegalidade "em troca das comissões", lê-se no processo.

O caso remonta ao final do ano de 2006. A 31 de outubro, a MAN entregou uma proposta de fornecimento de dez autocarros, em que cada veículo custaria 145 080 euros. A 21 de dezembro, a encomenda foi formalizada pelos TUB, sendo que nessa data não tinha sido sequer aprovado o contrato público de aprovisionamento exigido por lei. A investigação afirma, por isso, que Vítor Sousa e Cândida Serapicos "não se abstiveram de contornar o procedimento do concurso, visando, uma vez mais, favorecer a MAN", pode ler-se numa das conclusões contidas no processo.

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Mais, os dois socialistas terão tentado dar uma aparência de legitimidade ao ajuste direto e, mais de dois meses depois, em meados de fevereiro de 2007, o conselho de administração dos TUB formalizou a adjudicação da compra dos dez autocarros.

A investigação apurou o pagamento de luvas a Vítor Sousa e Cândida Serapicos durante quase uma década, em valores que chegavam a sete mil euros por cada autocarro. Os cinco arguidos estão em liberdade.

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