Além de corrupção, funcionários das Finanças estão indiciados por tráfico de droga e auxílio a organizações criminosas

Ministério Público pediu prisões preventivas para quatro dos cinco detidos. Juiz não concordou.

14 de julho de 2025 às 23:42
Polícia Judiciária Foto: Direitos Reservados
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Os cinco funcionários das Finanças detidos pela Polícia Judiciária na “Operação Porthos II” estão, além dos crimes de corrupção e branqueamento de capitais, indiciados por tráfico de droga e associação criminosa (na modalidade de prestação de apoio a organizações).

A indicação por tráfico de droga e auxílio a organizações criminosas acabou por ser uma surpresa, já que, em fevereiro, aquando da primeira operação, os suspeitos apenas acreditavam ser suspeitos de corrupção e branqueamento de capitais.

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Segundo informações recolhidas pelo NOW, no final dos interrogatórios judiciais, que decorreram esta segunda feira, no Campus da Justiça, em Lisboa, o Ministério Público pediu a aplicação da prisão preventiva para quatro dos cinco funcionários das Alfândegas.

Porém, o juiz de instrução, apesar de manter a indicação, discordou do pedido formulado pelos procuradores do Ministério Público, decretando apenas a suspensão de funções para os cinco elemento das Alfândegas; a obrigação de apresentações tri-semanais no Órgão de Polícia Criminal da respetiva área de residência; a proibição de contactos entre arguidos; e a proibição de se ausentarem para o estrangeiro, dando um prazo de 10 dias para a entrega dos passaportes.

Os cinco detidos, que trabalhavam nas Alfândegas de Setúbal e Sines, foram detidos, este domingo, pela Unidade Nacional Contra a Corrupção da Polícia Judiciária. Em comunicado, a polícia adiantou que “os factos sob investigação estão relacionados com a beneficiação de organizações criminosas internacionais, dedicadas à exportação de elevadas quantidades de cocaína, por via marítima, a partir da América Latina”.

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