Deputado do PS suspeito de corrupção em negócio de terreno de sete milhões de euros

Operação Triângulo deteve esta quarta-feira quatro pessoas, entre elas a presidente da Câmara de Vila Real de Santo António.

14 de abril de 2021 às 11:20
António Gameiro Foto: Facebook
Câmara Municipal de Vila Real de Santo António Foto: Pedro Noel da Luz

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O deputado goza de imunidade parlamentar o que significa que o mesmo só poderá ser constituído arguido ou detido caso o Ministério Público peça o levantamento da imunidade. A ligação de António Gameiro ao negócio da venda do terreno está a ser investigada.

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De acordo com o jornal Expresso, na denominada Operação Triângulo, a PJ fez quarta-feira buscas à casa do socialista e já terá pedido o levantamento da imunidade parlamentar. 

Além da autarca de Vila Real de Santo António, na sequência das buscas foram detidos ainda um funcionário da autarquia e dois empresários. Um deles é Carlos de Matos, natural de Leiria e com negócios em Paris.

Em causa está o negócio imobiliário que envolveu a venda de um terreno propriedade do município, junto ao hotel Vasco da Gama, que estava avaliado em cerca de sete milhões de euros, mas que foi vendido por ajuste direto por 5,6 milhões. A PJ suspeita que tenham sido pagas luvas por parte de empresários ligados ao negócio.

A autarquia terá aceitado receber 50% do valor agora e o resto quando os projetos estivessem concluídos e licenciados. O objetivo será a construção de habitação, comércio, serviços e uma unidade hoteleira.

Em causa está o negócio imobiliário que envolveu a venda de um terreno propriedade do município, junto ao hotel Vasco da Gama, que estava avaliado em cerca de sete milhões de euros, mas que foi vendido por ajuste direto por 5,6 milhões. A PJ suspeita que tenham sido pagas luvas por parte de empresários ligados ao negócio.

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20 buscas com 70 inspetores

A operação ‘Triângulo’ foi desenvolvida pela Diretoria do Sul da Polícia Judiciária, no âmbito de um inquérito dirigido pelo DIAP de Évora. Foram realizadas cerca de 20 buscas no Algarve, Lisboa, Leiria e Ourém, em habitações, escritórios de advogados, numa instituição bancária e na Câmara de VRSA.

Estiveram envolvidos cerca de 70 inspetores, peritos informáticos e financeiros, seguranças, seis juízes de instrução e cinco procuradores.

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