Relatório preliminar da Proteção Civil aponta falhas no socorro ao helicóptero do INEM

Foram feitas seis tentativas de comunicação com o CDOS do Porto.

18 de dezembro de 2018 às 09:58
Helicóptero do INEM que se despenhou em Valongo Foto: Ricardo Brea Muniz/Twitter
Helicóptero ficou totalmente destruído após o embate com uma antena de rádio no topo da serra de Santa Justa, no concelho de Valongo Foto: Lusa
Luís Vega, Médico, 50 anos, Corunha, Espanha Foto: Direitos Reservados
Luís Rosindo, copiloto, 31 anos, Palmela Foto: Direitos Reservados
Daniela Silva, enfermeira, 34 anos, Baltar Foto: Direitos Reservados
João Lima, piloto, 55 anos, Santa Comba Dão Foto: Direitos Reservados
Destroços do helicóptero ficaram espalhados numa zona de plantação de eucaliptos na serra de Santa Justa Foto: Direitos Reservados
Antena de rádio junto à Igreja de Santa Justa foi atingida pelo aparelho e ficou destruída Foto: José Coelho/Lusa

1/8

Partilhar

O relatório preliminar da Proteção Civil aponta para falhas nos procedimentos de socorro ao helicóptero do INEM - que se despenhou este sábado em Valongo - e vai ser enviado esta terça-feira aos ministros da Defesa e do Planeamento para esclarecimento da atuação da Força Aérea e da NAV na queda do helicóptero do INEM.

Em comunicado, o ministério da Administração Interna explica que "perante as conclusões" do relatório preliminar da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), ordenou o envio do mesmo aos ministros da Defesa Nacional e do Planeamento e Infraestruturas "para esclarecimento das circunstâncias da não observância dos procedimentos previstos na Diretiva Operacional n.º 4 - Dispositivo Integrado de Resposta a Acidentes com Aeronaves, pela Força Aérea e pela NAV" - Portugal, responsável pela gestão do tráfego aéreo.

Pub

Leia na íntegra o relatório da Proteção Civil sobre o acidente do helicóptero do INEM

O relatório conclui que a "NAV Portugal desenvolveu as suas próprias diligências, em detrimento do cumprimento do estipulado na Diretiva Operacional Nacional n.º 4 - Dispositivo Integrado de Resposta a Acidentes com Aeronaves" e que o CDOS do Porto  foi "alvo de seis tentativas de contacto telefónico, sendo que apenas uma delas foi abandonada antes do atendimento". 

Pub

A Proteção Civil conclui ainda que o contacto com o Rescue Cordination Center (RCC), da Força Aérea Portuguesa, "tanto por parte da NAV Portugal como do CONOR (112), não foi efetuado com a necessária tempestividade, podendo ter comprometido o tempo de resposta dos meios de busca e salvamento". 

O relatório preliminar foi também enviado ao primeiro-ministro, António Costa, e à Procuradoria-Geral da República, que já havia anunciado a abertura de um inquérito para apurar as circunstâncias do acidente.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar