Três reclusos serram grades e fogem de Caxias
Presidiários fugiram na madrugada deste domingo e já está montada uma caça aos homens.
Três presidiários fugiram do Estabelecimento Prisional de Caxias, em Oeiras, durante a madrugada deste domingo.
Os homens, dois chilenos, e um português, presos por furto e roubo em processos criminais distintos, terão cortado as grades da cela e feito um buraco na rede das traseiras do estabelecimento prisional, pondo-se em fuga para uma zona de mato. Aproveitaram o facto de não haver rondas noturnas e de as duas torres de vigia estarem desativadas.
Os fugitivos usaram também o fosso de segurança da cadeia para escapar. Estavam a aguardar julgamento em prisão preventiva.
A fuga foi notada por volta da 01h30 da manhã. O CM sabe que o sistema de visitas na prisão de Caxias não foi alterada.
Foram divulgadas as fotografias dos três homens pela PSP, GNR e Guardas Prisionais estando assim ativa uma caça aos homens.
Torres de Vigia estavam em funcionamento
A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais esclareceu hoje em comunicado que as duas torres de vigia no estabelecimento prisional de Caxias próximas do local por onde esta madrugada se evadiram três reclusos "se encontravam ativas" no momento da fuga.
"A propósito de notícias que têm estado a ser divulgadas, na sequência da evasão de três reclusos verificada esta madrugada no Estabelecimento Prisional de Caxias, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais sente-se na necessidade de vir esclarecer que a Torre 7 e que a Torre 4, que ficam do lado e na proximidade do local por onde se verificou a evasão, se encontravam ativas, portanto com os elementos de vigilância no seu local de trabalho", lê-se no comunicado hoje divulgado.
O documento acrescenta que outra torre de vigia, localizada na frente do estabelecimento prisional, em "local oposto ao da evasão, também se encontrava ativa".
A Direção Geral dos Serviços Prisionais revelou em comunicado que os dois chilenos, de 29 e 30 anos, e o português, de 30, fugiram da cela que era ocupada por mais um recluso que não participou na fuga.
"Informa-se que se trata da primeira evasão ocorrida em 2017 e que em 2012 se verificaram 14 evasões com 23 reclusos evadidos, em 2013 registaram-se 7 evasões com 9 evadidos, em 2014 6 evasões com 11 reclusos evadidos, em 2015 2 evasões com 2 evadidos e no ano de 2016 ocorreram 5 evasões com 6 reclusos evadidos", pode ler-se no comunicado que acrescenta que todos estes reclusos evadidos se encontram recapturados.
Fonte sindical contou ao CM que não é a primeira vez que esta situação acontece. No final do ano passado dois homens chilenos tentaram sair pelo mesmo método mas foram travados por Guardas Prisionais. Também em setembro de 2016 outro recluso tentou a fuga mas foi travado por guardas que tiveram de recorrer às armas para o fazer parar.
Segundo a página eletrónica da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), o estabelecimento prisional de Caxias, situado no concelho de Oeiras, é classificado como de segurança alta e está vocacionado essencialmente para reclusos preventivos.
É composto por duas zonas prisionais, Reduto Norte e Reduto Sul (RS), que funcionam em edifícios independentes, distando entre si cerca de 300 metros funcionando, na prática, como dois estabelecimentos prisionais.
Para já, os reclusos ainda se encontram a monte.
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