Árbitro descreve terror que viveu

O árbitro internacional Duarte Gomes recordou ontem, em tribunal, o autêntico terror que sentiu quando soube que fazia parte da lista de contactos particulares (moradas, dados bancários, endereços informáticos) que caiu nas mãos do ex-vice-presidente do Sporting Paulo Pereira Cristóvão.

"Tive medo por mim e pela minha mulher e filho e reforcei a vigilância", explicou Duarte Gomes, referindo-se à época de 2011-2012. Além de Duarte Gomes, depuseram ontem – no julgamento de Paulo Pereira Cristóvão e de Vítor Viegas, acusados de burla qualificada e branqueamento de capitais, entre outros – mais três árbitros assistentes e dois observadores.

Os testemunhos foram prestados no âmbito do pedido de indemnização, feito à margem do processo-crime, por 33 árbitros, assistentes e observadores. Pedem 33 mil €. Os dados constam da lista retirada à Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol que terá sido usada por Pereira Cristóvão para aceder à informação bancária do árbitro assistente José Cardinal, que recebeu um depósito bancário de 2000 €.