Arguidos negaram participação em sequestro e roubo em Barcelos
Cadastrados disseram, em tribunal, não se conhecerem e explicaram que acusação do Ministério Público é falsa.
"Estou acusado de crimes que não pratiquei. Isso causa-me instabilidade emocional". As palavras são de Fábio Carvalho - um dos oito arguidos acusado de ter participado, em fevereiro de 2022, no sequestro e roubo de uma família de Barcelos. O homem, que terá sido contratado por aquela que o Ministério Público considera ser a mandante do plano - Ana Maria, empresária do ramo têxtil -, disse não conhecer a empresária, nem os restantes arguidos.
A versão foi confirmada por mais dois dos arguidos presos: Fábio Borges e Flávio Silva. Explicaram ser amigos de infância, mas deixaram a certeza de não conhecerem os outros acusados. Sobre os factos, negaram qualquer envolvimento. Flávio Silva foi mais longe e revelou ter sido ameaçado pela Polícia Judiciária e pelo procurador do Ministério Público para confessar os factos.
Na primeira sessão, a alegada mandante do crime, a filha e um funcionário da empresária, quebraram o silêncio para dizer que nada tinham a ver com o sequestro e assalto.
Segundo a acusação do Ministério Público, Ana Maria, com a ajuda de sete cúmplices com funções distintas, levou a cabo um esquema criminoso. O Ministério Público diz que a mulher queria vingar-se, depois de ser alvo de uma inspeção da ASAE na sua confeção têxtil, em 2020. Acreditava que uma das vítimas a tinha denunciado e preparou o plano. Em causa estão crimes de associação criminosa, sequestro e roubo.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt