"As vidas que eles preencheram irão recordá-los sempre": Dor profunda no adeus aos bombeiros mortos em incêndio

Multidão acompanhou os heróis até à última morada.

22 de setembro de 2024 às 01:30
Dor e lágrimas marcaram o último adeus aos soldados da paz
Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro estiveram presentes nas cerimónias fúnebres
Ambiente no quartel marcado por sentimento de grande tristeza
Susana morreu no combate ao fogo em Tábua. Tinha 44 anos
Paulo morreu no combate ao fogo em Tábua. Tinha 38 anos
Sónia morreu no combate ao fogo em Tábua. Tinha 36 anos

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Eram centenas, talvez milhares. Abraçavam-se, apoiavam-se e choravam. Foi assim em Vila Nova de Oliveirinha, no adeus aos bombeiros que morreram na terça-feira no incêndio que bateu às portas de Tábua. Paulo, Sónia e Susana foram a enterrar e a dor atravessou todos os que ali fizeram questão de estar presentes.“Quero a minha filha, a minha boneca”, era uma das poucas frases que cortava o silêncio que se prolongou durante horas. A mãe de Susana foi sempre apoiada por todos e os seus gritos lancinantes cortaram o coração de quem ali estava. Muitos carregavam os caixões e todos choravam.O som das sirenes e o lançamento de três pombas brancas indicaram o fim de uma cerimónia onde os mais próximos não tinham ainda conseguido aceitar as palavras do cardeal D. Américo Aguiar. Que pediu para recordarem estes bombeiros heróis nos seus sorrisos, nos momentos de felicidade que partilharam. “É assim que os vão reencontrar”, afirmou, lembrando que agora começa o tempo de ajudar os vivos. Os que ficaram, os que precisam de apoio para recomeçar. “Na missa de sétimo dia serão menos, daqui a um ano muitos já não se lembrarão do que aconteceu. Mas as vidas que eles preencheram irão recordá-los sempre”, disse.Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro foram algumas das figuras do Estado presentes. Sempre ladeadas pelas ministras Margarida Blasco e Rita Júdice, os governantes distribuíram abraços sentidos. Viram-se lágrimas de quem os recebeu, aceitando que a homenagem era também o “obrigado” do País pela abnegação dos bombeiros voluntários. Dor profunda no adeus aos bombeiros mortos em incêndio

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