As 72 horas da detenção de Sócrates
Recorde todos os momentos da primeira detenção de um ex-primeiro-ministro em Portugal.
O Tribunal Central de Instrução Criminal decidiu pela medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva, para José Sócrates e para o empresário Carlos Santos Silva, que foi administrador do grupo Lena entre março de 2008 e outubro de 2009, e para o motorista João Perna. Ao advogado Gonçalo Trindade Ferreira, o juiz Carlos Alexandre determinou a proibição de contactos com os restantes arguidos, de se ausentar para o estrangeiro, com a obrigação de entregar o passaporte e de se apresentar semanalmente ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
Terça-feira (25 de novembro)
01h01: Três carrinhas celulares transportaram os arguidos para vários locais. Um dos carros celulares, que presumivelmente transportava José Sócrates, terá seguido para Évora. Outra viatura dirigiu-se para o Estabelecimento Prisional de Lisboa e a terceira para a sede da Polícia Judiciária, na capital.
00h43: O ex-primeiro-ministro sai do Tribunal Central de Instrução Criminal.
Segunda-feira (24 de novembro)
23h38: O juiz Carlos Alexandre já abandonou as instalações do tribunal. José Sócrates ainda estará no interior do tribunal.
23h02: O TCIC divulgou ainda as medidas de coação para os outros três arguidos no processo. O empresário Carlos Santos Silva, tido como o 'testa de ferro' de José Sócrates, e João Perna, motorista do ex-governante, ficaram ambos em prisão preventiva. Já Gonçalo Trindade Ferreira, antigo advogado do ex-primeiro-ministro, teve como medidas de coação a proibição de contactos com os outros arguidos, a proibição de sair para o estrangeiro, com a obrigação de entregar o passaporte, e apresentações bissemanais no DCIAP.
22h45: Após ter dado a conhecer aos jornalistas a decisão do juiz Carlos Alexandre, em primeira mão, João Araújo considerou: "A decisão é profundamente injusta e injustificada." Por isso, revelou, vai recorrer da prisão preventiva do ex-chefe de Governo.
22h32: A comunicação oficial do Tribunal Central de Instrução Criminal confirma que José Sócrates vai ficar em prisão preventiva enquanto aguarda julgamento.
22h23: José Sócrates vai ficar em prisão preventiva, declarou o advogado do ex-primeiro-ministro, João Araújo, aos jornalistas.
22h03: O Correio da Manhã revelou, em exclusivo, que o advogado Daniel Alves, do gabinete de Proença de Carvalho, é o defensor legal do motorista João Perna, o "homem da mala" de Sócrates.
21h51: Há mais de três horas que se aguarda pela divulgação do comunicado do Tribunal Central de Instrução Criminal.
20h10: Ainda não foram divulgadas as medidas de coação no Campus da Justiça, em Lisboa, quando a comunicação do tribunal estava inicialmente prevista para as 18h30.
18h45: Medidas de coação deverão ser lidas a qualquer instante.
17h27: Tudo indica que as medidas de coação de José Sócrates e dos outros três arguidos neste processo vão ser conhecidas às 18h30. O Tribunal vai emitir um comunicado dentro de uma hora. 17h10: O Correio da Manhã revela, em exclusivo, que as escutas telefónicas no âmbito da "Operação Marquês" têm José Sócrates como alvo há vários meses.
15h47: O advogado de José Sócrates voltou para o tribunal mas minutos depois voltou a sair para ir buscar o sobretudo segundo disse, em direto, à CMTV.
15h05: O advogado de defesa José Sócrates esteve no exterior do tribunal a fumar um cigarro. Manteve diálogos com os jornalistas durante a pausa mas não falou sobre o caso. O Ministério Público vai fazer a proposta das medidas de coação.
14h24: O advogado de José Sócrates já regressou ao Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa, onde hoje à tarde deverão ser conhecidas as medidas de coação de quatro arguidos, entre os quais está o ex-primeiro-ministro, detido na sexta-feira. À chegada ao tribunal, depois de uma pausa para almoço, João Araújo explicou que as inquirições aos arguidos já terminaram, admitindo que as medidas de coação serão agora a próxima etapa das diligências processuais no TCIC.
13h03: A advogada Paula Lourenço saiu do Tribunal Central de Instrução Criminal. Os trabalhos serão retomados a partir das 14h30.
12h45: Já terminou o interrogatório a José Sócrates. As medidas de coação deverão ser conhecidas a partir das 14h30. Advogados de defesa e o Ministério Público farão as alegações depois de almoço.
12h44: O advogado de Sócrates, João Araújo, saiu do Tribunal Central de Instrução Criminal para ir buscar o telemóvel ao carro.
12h05: Interrogatório foi interrompido. O advogado João Araújo saiu para fumar um cigarro mas voltou a não prestar declarações aos jornalistas.
11h14: José Sócrates já está a ser ouvido pelo juiz Carlos Alexandre desde cerca das 10h00. A informação já foi confirmada à comunicação social.
10h31: Para o dia de hoje é esperada a decisão do juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal, sobre as medidas de coação a aplicar aos quatro detidos no âmbito desta investigação que levou à detenção do ex-primeiro-ministro, do seu amigo de longa data e antigo administrador do grupo Lena, Carlos Santos Silva, do motorista de José Sócrates, João Perna, e do advogado Gonçalo Trindade Ferreira.
10h13: José Sócrates, o advogado João Araújo e a advogada Paula Lourenço já se encontram no Campus da Justiças mas não há ainda a informação de que o interrogatório já tenha sido retomado. Desde sábado que a comunicação social está em peso no Campus da Justiça a acompanhar de perto este processo. A detenção de Sócrates também despertou a atenção da comunicação social de outros países, nomeadamente de Espanha, que tem equipas em permanência junto ao tribunal.
09h37: Paula Lourenço, a advogada de dois dos outros três arguidos, chegou ao Campus da Justiça. Aos jornalistas, disse apenas que "está tudo em segredo de Justiça".
09h17: O advogado do ex-primeiro-ministro chegou ao Tribunal Central de Instrução Criminal, no Campus da Justiça. João Araújo não prestou declarações aos jornalistas.
08h43: José Sócrates já está no Campus da Justiça para o terceiro dia em tribunal para prosseguir com o interrogatório interrompido no domingo.
08h30: O ex-primeiro-ministro saiu do Cometlis - Comando Metropolitano da PSP de Lisboa - e está a caminho do Campus da Justiça.
Domingo (23 de novembro)
21h46: José Sócrates já está no Cometlis, em Moscavide. O ex-primeiro-ministro vai passar a terceira noite na sede da PSP e amanhã (segunda-feira, dia 23), às 09h15, regressa ao Tribunal Central de Instrução Criminal, no Campus de Justiça. 21h43: Ex-primeiro-ministro sai do Tribunal de Instrução Criminal.
20h44: Advogado João Araújo sai do tribunal, adiantando que o interrogatório a José Sócrates irá continuar segunda-feira (dia 24), às 09h15. O ex-primeiro-ministro está com "um estado de espírito ótimo e forte".
20h10: José Sócrates foi apanhado pela câmara da CMTV através do vidro de uma das salas do Tribunal Central de Instrução Criminal, no Campus de Justiça.
Documentos
22-11-2014_23_14_34 Info_Cronologia.pdf
19h50: Por esta hora, três carros entraram na sede da PJ, em Lisboa, transportando três dos arguidos que foram interrogados este domingo. Sócrates não está entre eles.
19h30: Continua o interrogatório ao antigo primeiro-ministro.
18h40: Intervalo no primeiro interrogatório a José Sócrates. O advogado, João Araújo, foi visto com o antigo primeiro-ministro na zona onde, normalmente, os advogados e os arguidos costumam consultar o processo. Já deverão conhecer as medidas de coação. 18h00: Movimentações à porta do tribunal, mas José Sócrates e o advogado mantém-se dentro das instalações. Para já, não há indicações se estas se devem ao fim do interrogatório ou o intervalo. Caso seja o intervalo, poderão seguir-se mais quatro horas de interrogatório.
17h53: José Sócrates já se encontra no Campus de Justiça há nove horas e está há pelo menos três a ser ouvido pelo juiz. Aguarda-se que depois das 18h00 haja novas informações sobre a hora a que deverá terminar o interrogatório.
16h30: O interrogatório a José Sócrates terá começado depois da hora do almoço, devendo demorar cerca de quatro horas. Se estas não chegarem, deverá ser feito um intervalo. Ainda não se sabe se as medidas de coação são hoje conhecidas.
14h42: José Sócrates já está a ser interrogado pelo juiz Carlos Alexandre. Informação avançada ao Correio da Manhã por fonte do tribunal.
13h09: CMTV avança que Sócrates ainda não foi ouvido. O advogado do antigo primeiro-ministro, que deve estar presente durante o interrogatório, tem saído diversas vezes do edifício do TCIC.
12h47: Advogado João Araújo, defensor de José Sócrates, reentra no edifício do tribunal com um saco na mão. Aos jornalistas, diz que foi "comprar o almoço".
12h15: CMTV avança que Paula Lourenço, advogada dos três outros detidos, já tinha defendido Rui Gonçalves, ex-secretário de Estado do Ambiente de Sócrates , no caso Freeport.
09h01: Interpelado pela CMTV, o advogado João Araújo recusou falar sobre o caso. "Por duas razões: os advogados não falam sobre processos que lhes estão confiados e porque não gosto de falar."
08h55: Chegou ao Tribunal Central de Instrução Criminal João Araújo, advogado de José Sócrates, o qual apenas disse que mantém a intenção de fazer este domingo uma declaração "assim que tiver oportunidade".
08h37: O antigo primeiro-ministro entra na garagem do TCIC, onde vai ser ouvido.
08h32: José Sócrates saiu do Cometlis - Comando Metropolitano da PSP de Lisboa - em direção ao Campus de Justiça. Saíram três carros das instalações policias.
Sábado (22 de novembro)
22h25: José Sócrates já está no Cometlis, em Moscavide. O ex-primeiro-ministro vai passar a segunda noite na sede da PSP.
21h18: O advogado de José Sócrates, João Araújo, sai do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa e afirma que eventualmente fará declarações no domingo. Por esta hora deverá ter sido interrompida o interrogatório a José Sócrates, devendo ser retomado amanhã (domingo).
16h45: José Sócrates chega ao Campus de Justiça, onde vai ser ouvido pelo juiz Carlos Alexandre.
16h36: Sob forte aparato policial, José Sócrates saiu da garagem do prédio onde reside, na Rua Castilho. Saíram quatro veículos, num deles seguia o antigo primeiro-ministro.
15h40: Perto de uma dezena de elementos do PNR deslocaram-se para junto do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), no Campus de Justiça. Gritaram que "hoje é um dia de festa" e levaram champanhe para celebrar.
15h15: Entraram mais duas viaturas com dois inspetores em cada uma para o prédio onde reside José Sócrates.
14h00: Procuradoria-Geral da República emite um novo comunicado, onde explica que os "interrogatórios dos detidos, no Tribunal Central de Instrução Criminal, tiveram início ontem (sexta-feira e foram retomados este sábado". Esclarece-se também que o inquérito "teve origem numa comunicação bancária efetuada ao Deparatmento Central de Investigação e Ação Penal em cumprimento da lei de prevenção e repressão de branqueamento de capitais". "Reitera-se que se trata de uma investigação independente de outros inquéritos em curso, como o Monte Branco ou o Furacão, não tendo origem em nenhum destes processos. O inquérito, que investiga operação bancárias, movimentos e transferências de dinheiro sem justificação conhecida e legalmente admissível, encontra-se em segredo de justiça."
13h30: Sócrates acompanha diligências de magistrados do Ministério Público à sua residência da Rua Castilho, em Lisboa. Na casa encontram-se também elementos da Autoridade Tributária e agentes da PSP.
11h00: João Araújo, que em 2013 era advogado da mãe de Sócrates, apresentou-se no Tribunal como defensor do agora detido. Interpelado pelos jornalistas à saída do edifício, foi evasivo nas respostas, ficando por esclarecer quando será ouvido o seu constituinte.
10h40: Chegou um advogado ao Campus da Justiça, que também se escusou a falar.
10h15: José Sócrates abandonou as instalações do Cometlis. Ainda hoje deverá ser ouvido pelo juiz Carlos Alexandre no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), no Campus de Justiça, em Lisboa.
08h50: Chegaram ao Campus da Justiça, em Lisboa, três carros descaracterizados, em marcha de emergência, que se dirigiram para as garagens. Vinte minutos depois dava entrada no Departamento Central de Investigação e Ação Penal Paula Lourenço, advogada de, pelo menos, dois dos arguidos, que não quis prestar declarações aos jornalistas.
Sexta-feira (21 de novembro)
22h45: Sócrates chega ao aeroporto de Lisboa, vindo de Paris, num avião da Air France
23h00: É detido por inspetores da Autoridade Tributária, magistrados do Ministério Público e agentes da PSP. Segue para o DCIAP – Dep. Central de Investigação e Ação Penal
23h15: Chegada ao DCIAP
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