Enterra mulher junto a cão
Inglês nega homicídio e diz que cumpriu desejo da companheira.
Sabe que a mulher morreu no fim de semana que Lewis Hamilton ganhou o campeonato de F1, em novembro de 2014, mas não sabe o dia exato. Diz que a encontrou estendida no chão cheia de sangue mas não pediu socorro. Confessou que a enterrou no quintal de casa porque ela queria ser sepultada junto ao cão mas nega que tenha sido ele a provocar-lhe a morte.São estas as explicações de Nigel Jackson, o britânico que começou esta segunda-feira a ser julgado no Tribunal de Portimão pelo homicídio da mulher, cujo corpo enterrou no quintal de casa, em Alcalar.
O arguido, de 60 anos, quis dar a sua versão sobre o que aconteceu à mulher, Brenda Davidson, de 72, com quem viveu 27 anos. Garantiu que não a matou. "Não fui eu porque não estava lá. Quando cheguei a casa ela estava caída. Já não era a primeira vez. Esteve muito doente depois de um cancro nos ovários e estava a ser tratada a outro", referiu Nigel, que foi logo de seguida questionado pelo procurador do Ministério Público sobre a razão de não ter pedido o socorro. "Fiquei em choque e pensei logo no suicídio. Depois enterrei a Brenda junto ao cão no quintal, porque era o desejo dela", explicou.
As três juízas do coletivo detetaram contradições. "Se ela pensava no suicídio porque razão continuava a fazer os tratamentos?", questionou uma das magistradas. Depois do desaparecimento, Nigel enviou um email ao filho de Brenda, fazendo-se passar pela companheira."Dizia que tinha fugido para a Alemanha com o cirurgião que a operou aos ovários no hospital de Portimão, mas percebi que não tinha sido ela a escrever e que alguma coisa estava mal", referiu Dean Davidson, que alertou as autoridades.
Enquanto isso, Nigel passava o Natal com a nova namorada, na casa da ex-companheira.
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