Atingida a tiro por recusar sustento

Paula Dias terminou relação.

17 de junho de 2015 às 11:14
moita, tiro, barricado Foto: CMTV
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Terminou a relação de um ano há poucos dias, farta da vida inativa do namorado e da dependência financeira que Miguel Teixeira tinha dela. Mas o segurança, de 38 anos, não aceitou a separação e invadiu a casa de Paula Dias, na rua de Liège, na Moita. Espancou-a e depois tentou matá-la a tiro – atingiu a vítima na face.

A mulher conseguiu fugir e foi pedir ajuda num café próximo – está internada em situação considerada estável no Hospital de São José, em Lisboa –, enquanto o agressor se barricou em casa da ex-namorada, ontem de madrugada, pela 01h00. Foi acionada a Unidade de Intervenção da GNR, que montou um cerco de seis horas ao apartamento sem saber que, entretanto, o atirador já se tinha suicidado com recurso à mesma pistola de calibre 6,35 mm.

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Logo após a tentativa de homicídio, os gritos "aflitivos e de absoluto terror" de Paula Dias acordaram os vizinhos. Em pânico e de camisa de dormir, a vítima descia descalça as escadas do prédio a pedir ajuda: "Socorro, ajudem-me. O Miguel deu-me um tiro."

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Deixou um rasto de sangue que assustou a vizinhança e precipitou uma chamada para o 112. Já na rua, Paula Dias correu até a um café, a poucos metros de casa, onde se refugiou até à chegada do INEM. Foi transportada em estado grave para o hospital e, ontem, sujeita a uma cirurgia para retirar o projétil, que ficou alojado na zona do maxilar.

Durante a madrugada, o Grupo de Intervenção de Operações Especiais fez várias tentativas para entrar no apartamento, mas nunca obteve resposta do barricado. O assalto à casa teve início às 7h24, após a explosão de quatro granadas de atordoamento na direção da varanda. Quando os militares entraram na casa, encontraram o agressor deitado na cama – pela rigidez cadavérica, já estaria morto há algumas horas. Junto ao corpo do agressor foi encontrada a pistola usada na tentativa de homicídio e no suicídio.

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