Atividade da extrema-direita aumentou em Portugal
Número de militantes também cresceu.
O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2015 dá conta de um aumento da atividade da extrema-direita, em Portugal, de contestação às políticas migratórias e ao acolhimento de refugiados, destacando o crescimento do número de militantes desta tendência.
"No contexto da extrema-direita portuguesa, é de realçar a intensificação do ativismo político e social de contestação às políticas migratórias, ao acolhimento de refugiados e ao que se designa de 'islamização da Europa'. Apesar de esta atividade não se traduzir em ações violentas, contribuiu para a difusão da sua ideologia e para a radicalização dos seus militantes", refere o RASI, no capítulo "ameaças globais à segurança".
O documento avança também que se continuou a registar "um elevado dinamismo ao nível das atividades do movimento 'skinhead' neonazi (concertos, encontros) situação que tem impacto direto no crescimento do número de militantes e de organizações desta matriz ideológica".
Em contrapartida, o movimento anarquista e autónomo em Portugal continuou em "fase de recuo", assim como os incidentes relacionados com o 'hacktvismo', que, em 2015, evidenciou o declínio da capacidade técnica dos atuais coletivos 'hacker' nacionais e da sua capacidade de mobilização.
Conheça outros itens referidos no Relatório Anual de Segurança Interna.
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