Autarca de Mação quer ‘fita do tempo’ de fogo
Em causa os meios acionados e o seu posicionamento.
O presidente da Câmara Municipal de Mação, Vasco Estrela, quer conhecer a ‘fita do tempo’ do incêndio que em julho destruiu mais de 18 mil hectares de floresta no concelho e exige o apuramento de responsabilidades em relação aos meios de combate usados nos vários incêndios, que consumiram 80 por cento do território do concelho.
Em comunicado divulgado ontem pelo município, o autarca adianta que pondera pedir a intervenção da Inspeção-Geral da Administração Interna no apuramento dessas responsabilidades, mas primeiro quer ver o relatório que está a ser feito, a pedido do secretário de Estado da Administração Interna.
Vasco Estrela manifesta "estranheza" por "ainda não ter sido disponibilizada a ‘fita do tempo’, pedida há mais de três semanas", do incêndio de julho, que começou na Sertã, passou o concelho de Proença-a-Nova e só foi extinto em Mação. Esse documento revela os meios acionados e os locais onde se posicionaram, bem como a sua movimentação.
O autarca acredita que houve um desvio de meios de combate da frente de fogo em Mação para outros locais, o que dificultou a extinção das chamas.
Arderam mil hectares de floresta na Sertã, cinco mil em Proença-a-Nova e 18 mil em Mação, onde também foram destruídas 15 casas de primeira habitação e dezenas de outros edifícios.
A câmara pediu ao Governo que seja declarada situação de calamidade pública e quer o concelho incluído no programa de revitalização do interior.
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