Detidas quatro pessoas por exploração laboral. 243 imigrantes identificados na apanha da amêijoa
Está em curso uma megaoperação de combate às redes criminosas associadas à captura ilícita, comércio e tráfico internacional de bivalves.
A Polícia Marítima está a realizar uma megaoperação em todo o País de combate às redes criminosas associadas à captura ilícita, comércio e tráfico internacional de bivalves. Já foram detidas quatro pessoas.
A megaoperação conta com 161 agentes da Polícia Marítima no terreno, equipa do grupo de ações táticas. A operação está a decorrer com a estrita colaboração dos serviços de informação do Estado, PSP, autoridade tributária e do SEF.
Segundo apurou o CM, os imigrantes guardavam a amêijoa num armazém em Alcochete para depois ser transportada para a Europa. Funcionava como um centro nevrálgico. O armazém foi descoberto com a ajuda do SIS. O material foi carregado pela Autoridade Marítima Nacional durante cerca de uma hora. Um agente da Polícia Marítima falou com o CM e referiu que ainda se está a averiguar para que local vai todo o material retirado do armazém.
No Montijo, num outro armazém, viviam 50 imigrantes de origem asiática. O advogado do proprietário refere que o seu constituinte não tem nenhuma relação com a apanha da amêijoa, apenas arrendava quartos aos imigrantes. O proprietário não foi detido.
A megaoperação visa a identificação de imigrantes explorados. A investigação começou por volta das 7h00. Segundo o comunicado da Polícia Marítima, o SEF identificou 243 imigrantes e notificou nove para esclarecimento da situação em território nacional.
O principal objetivo é conseguir proceder à identificação dos imigrantes que estão na rede de tráfico e de apanha de amêijoa, de que forma foram trazidos para Portugal, de que forma estão a trabalhar e quais as condições em que vivem.
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