Bombeiros da Guarda ameaçam não integrar dispositivo contra fogos

Voluntários querem ver cumpridas exigências da Liga de Bombeiros e poderam cobrar despesas de logística.

23 de fevereiro de 2018 às 18:11
Paulo Amaral, presidente da Federação de Bombeiros do Distrito da Guarda Foto: Direitos Reservados
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As corporações de bombeiros do distrito da Guarda mostraram-se esta sexta-feira indisponíveis para integrar o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) de 2018, enquanto o Governo não responder às reivindicações do setor.

Segundo um comunicado da Federação dos Bombeiros do Distrito da Guarda (FBDG), presidida por Paulo Amaral, a decisão abrange as 23 associações de bombeiros existentes nos 14 concelhos daquele distrito do interior do país.

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A decisão foi tomada por "unanimidade" durante uma reunião da direção da FBDG que decorreu na segunda-feira, em Celorico da Beira, após a análise das deliberações que foram aprovadas pela Liga dos Bombeiros Portugueses no Conselho Nacional de Palmela, realizado no dia 10.

No comunicado enviado à agência Lusa, Paulo Amaral refere que "as Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários do distrito da Guarda ponderam onerar a Autoridade Nacional de Proteção Civil com o apoio logístico (alimentação e combustível), durante o DECIF 2018, responsabilizando aquela autoridade pela prestação do mesmo".

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Também admitem "não integrar o DECIF 2018, caso não sejam satisfeitas as reivindicações apresentadas pela Liga dos Bombeiros Portugueses ao Governo", segundo a nota.

No documento assinado por Paulo Amaral é ainda referido que, "como sempre", os Corpos de Bombeiros do distrito da Guarda "irão voluntariamente cumprir a sua nobre missão de proteção de pessoas e bens para a qual foram criados".

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