Bombeiros do Fundão esclarecem que suspensão dos bombeiros suspeitos de violação ficou pendente a pedido da PJ

Comandante da corporação disse, esta quarta-feira, que "não há motivo para os suspender".

25 de novembro de 2025 às 17:00
Bombeiros Foto: Direitos Reservados
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Os Bombeiros Voluntários do Fundão esclareceram, esta terça-feira, que a aplicação de "medidas preventivas, incluindo eventuais suspensões" aos 11 operacionais detidos por suspeita de terem violado uma colega de 19 anos no quartel, foi suspensa a pedido da Polícia Judiciária. 

"A fim de evitar qualquer perturbação do decurso da investigação, solicita-se a V. Exa. colaboração no sentido de susterem momentaneamente diligências a realizar num eventual processo disciplinar", lê-se no comunicado dos Bombeiros do Fundão que citam a comunicação formal da PJ que receberam, esta terça-feira.

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A corporação garante, então, que suspendeu as diligências internas "em estrito cumprimento desta orientação" e, por isso, não foram aplicadas nenhumas medidas preventivas.

A nota emitida à comunicação social surge depois de o comandante da corporação, José Sousa, ter dito à agência Lusa que "não há motivo para os suspender", referindo-se aos bombeiros detidos.

Os Bombeiros do Fundão indicaram que após, as diligências da PJ desta terça-feira "cessaram os motivos que determinavam a suspensão, podendo agora os processos disciplinares e laborais retomar o seu curso normal". No entanto, defendem que "não existe fundamento para suspender indiscriminadamente todos os bombeiros mencionados", por haver a possibilidade de estarem a ser aplicadas medidas "desproporcionais " em relação ao grau de envolvimento de cada elemento.

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A direção e corporação asseguram que o processo disciplinar não será "leve ou meramente formal" e afirmam ser "expectável" que existam motivos para aplicar medidas disciplinares gravosas.

A corporação garante que sempre defenderam e protegeram o colega que denunciou a situação que descrevem como "absolutamente inaceitável", caso se venha a confirmar. E asseguram: "[a situação] terá as consequências disciplinares, laborais e institucionais que se revelem adequadas, incluindo, se necessário, a expulsão de elementos do Corpo de Bombeiros".

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