Burlam Estado com álcool
Nove arguidos arrecadaram mais de 300 mil euros em impostos.
Um empresário de Torres Novas usou os equipamentos que adquiriu para manter uma empresa legal de destilação de álcool, entretanto encerrada, para gerir uma rede que, durante ano e meio, burlou o Estado em mais de 300 mil euros em impostos. O grupo produzia bebidas alcoólicas, que depois fornecia e distribuía a cafés e restaurantes.
Além do cabecilha, a investigação da Unidade de Ação Fiscal (UAF) da GNR constituiu outros oito arguidos por crimes de fraude fiscal e introdução fraudulenta no consumo qualificada. Os estabelecimentos recetores do álcool ilegal situam-se nos distritos de Leiria, Santarém, Setúbal e Beja. O inquérito foi delegado pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que autorizou, na terça-feira, a realização de oito buscas domiciliárias e três não domiciliárias.
Os militares apreenderam nove mil litros de bebidas alcoólicas, equipamentos e objetos, no valor de 93 mil euros, e ainda 12 mil euros, um carro, 40 munições e 8 telemóveis. Dois dos arguidos foram detidos pela posse de duas armas de fogo. Ficaram todos com termo de identidade e residência.
PORMENORES
Carabina com silenciador
A um dos dois arguidos presos por posse de arma de fogo ilegal, a GNR apreendeu uma carabina com silenciador e mira. O detido não tinha licença.
Fuga ao Fisco
A rede agora desmantelada furtou-se, durante ano e meio, ao pagamento do IVA e do Imposto de Introdução no Consumo sobre todo o álcool produzido e distribuído.
Tinha distribuidores
Além do arguido principal, que produzia, o grupo tinha distribuidores do álcool.
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