Burla com créditos falsos para comprar carros rende 1,3 milhões de euros no Norte do País
Mais 13 pessoas foram constituídas arguidas no processo.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) do Porto apreendeu diversos automóveis que tinham sido adquiridos ilicitamente no Norte do País.
O vendedor das viaturas e o empresário, dois homens de 43 e 44 anos, foram detidos por prática de crimes de burla qualificada, burla tributária e falsificação de documentos.
Os dois detidos por burlas de 1,3 milhões de euros falsificavam documentos para permitir que pessoas com problemas bancários e até com penhoras pudessem assumir empréstimos elevados na compra de carros importados, indicou esta quinta-feira fonte policial.
"Em condições normais esses jamais serão concedidos porque as pessoas se encontravam desempregadas, com salários baixos, penhorados ou com já com problemas bancários", disse o comissário Dennis Cruz, da Divisão de Investigação Criminal da PSP.
Garantindo, "de forma ardilosa", que os créditos de difícil ou impossível cobrança seriam aprovados, os detidos (dono de um stand e um contabilista) obtinham para si e para terceiros "vantagens patrimoniais muito elevadas".
Tais lucros resultavam desde logo do que o stand ganhava com a intermediação dos créditos dos bónus que instituições financeiras dão a quem intermedeia este tipo de operações e atinge determinado valor.
Além de garantir, desde logo, a venda de todos os veículos que importasse, sobretudo da Alemanha, os suspeitos arranjavam forma de se furtarem ao regime de IVA, com os carros a serem legalizados em nome de uma terceira pessoa e depois vendido ao stand.
O Fisco perdeu assim 200 mil euros, estima a polícia.
Em comunicado, a PSP refere que foram realizadas seis buscas domiciliárias e não domiciliárias e que no seguimento da investigação, mais 13 pessoas foram constituídas arguidas no processo.
Os detidos foram, na quarta-feira, presentes junto das Autoridades Judiciárias para aplicação das competentes medidas de coação.
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