Cabeleireira condenada por usar sensualidade e atratividade para burlar cliente em Gaia

O juiz Pedro Brito disse que “o crime de burla é um jogo de enganos” e Marta Matos, cabeleireira em Vila Nova de Gaia, usou a sensualidade e atratividade física para burlar um cliente em mais de 50 mil euros, dizendo que tinha cancro e teria de pagar tratamentos, o que era falso.

Na quinta-feira, no Tribunal de S. João Novo, no Porto, foi condenada a cinco anos de prisão, pena suspensa, por burla qualificada e tentativa de extorsão - fingiu ser um primo para sacar mais verbas. Terá de ter acompanhamento psiquiátrico.

O tribunal deu como provado que o cliente lesado fez transferências ou entregas de dinheiro no valor global de 51 751 euros. Verbas que eram depositadas na conta bancária da filha da cabeleireira, Marta Gonçalves - também arguida e que foi condenada a dois anos de prisão, com pena suspensa, por recetação. Este dinheiro foi depois gasto na aquisição de diversos bens e serviços, e não em saúde.

A acusação referia uma burla global de 81 150 euros, mas só ficou provado o desvio de 51 751 euros. As arguidas terão agora de pagar esse valor ao Estado.