Caligrafia de Renato revela que é bipolar

Análise a cartas do ex-modelo mostra jovem infantil, imaturo e incapaz de tomar decisões. 

24 de maio de 2014 às 10:17
Renato Seabra, cartas, Carlos Castro, análise Foto: ricardo duraes/lusa
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Renato Seabra é um jovem imaturo e sem capacidade para tomar decisões. A conclusão é de Luís Philippe Jorge, grafólogo que analisou a personalidade do ex-modelo - condenado pelo homicídio de Carlos Castro a uma pena mínima de 25 anos de prisão - através das cartas que escreveu à jornalista Marta Dhanis a partir da prisão. "A letra muito cuidada e infantil mostra um jovem entre os 12 e os 16 anos e uma pessoa que tem muito cuidado com a imagem", adianta.

De acordo com o especialista, o homicídio de Carlos Castro aconteceu porque "houve um desagrado que se apropriou da personalidade, nomeadamente o sentimento de ser possuído".

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Através da análise da caligrafia de Renato, o especialista acredita que a aproximação a Carlos Castro foi favorecida pelas características da personalidade do jovem de Cantanhede. "Há uma ambição, mas não há necessariamente capacidade energética e comportamental para lhe dar apoio. Ele vai ter de recorrer a uma fonte de segurança", explica Luís Philippe. Carlos Castro surge na vida de Seabra como o "alicerce de segurança" de que o jovem precisava. "Em termos de autonomia, é muito difícil alcançar os objetivos. Ele não tem solidez, estrutura, espinha", conclui.

A defesa de Renato Seabra alegou em tribunal que o jovem é bipolar. A análise das cartas deixa essa hipótese em aberto. "Há comportamentos que durante certa altura vão demonstrar propensões num sentido e outras em sentido contrário. Há indícios que vão no sentido da bipolaridade", garante.

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Luís Philippe Jorge adianta que o jovem terá agido de forma calculista. "Há muitos componentes gráficos que indiciam escolhas e orientações por interesse", diz.

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