“Câmara nunca pediu limpeza na EN 236-1”

Funcionário da Ascendi foi ao Tribunal explicar as intervenções realizadas nas estradas concessionadas à empresa.

09 de fevereiro de 2019 às 10:15
Rogério Mota trabalha na Ascendi em Ansião Foto: Direitos Reservados
Incêndio de Pedrógão Grande deflagrou a 17 de junho de 2017 Foto: EPA/Paulo Cunha
Fogo em Pedrógão Grande Foto: Vítor Mota
Pedrógão Foto: CMTV

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O funcionário da empresa Ascendi que esta sexta-feira prestou depoimento no Tribunal de Leiria, no âmbito do processo relativo ao incêndio de Pedrógão Grande, disse que a Câmara de Pedrógão Grande "nunca pediu qualquer limpeza ou intervenção na EN 236-1, ao contrário do que acontecia no IC 8".

Na EN236-1, que ficou conhecida como a ‘estrada da morte’, perderam a vida 47 pessoas nos incêndios de 2017.

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"Eu desconhecia se havia algum plano municipal de defesa da floresta contra incêndios, seguia as instruções e trabalhava de acordo com o que estava no contrato", explicou Rogério Mota, que é um dos 13 arguidos no processo judicial, que está em fase de instrução.

Rogério Mota trabalha no Centro de Assistência da Ascendi no Avelar, Ansião, e explicou que nos dias 5, 6 e 7 de junho de 2017 - 10 dias antes do incêndio - foi feita uma intervenção na EN 236-1, não especificando em que zona, que incluiu o corte de arbustos.

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"A intervenção era ao nível do desbaste das herbáceas, o corte de árvores só era feito se houvesse perigo para a circulação", adiantou, revelando que o último corte de árvores ocorreu em março desse ano, porque tinha chovido com intensidade e estavam em risco de cair para a estrada.

No IC 8, a limpeza era feita "com regularidade e quando a Câmara de Pedrógão Grande pedia íamos lá", afirmou.

PORMENORES 

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Crimes

Os 13 arguidos estão acusados dos crimes de homicídio e ofensas à integridade física, ambos por negligência. Garantem estar inocentes.

Instrução

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A instrução do processo começou na quinta-feira e a próxima audiência será dia 19, para ouvir o autarca de Figueiró dos Vinhos.

Testemunhas

O juiz de instrução ainda não decidiu se vai arrolar algumas testemunhas para serem ouvidas em Tribunal nesta fase do processo.

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