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Arguidos revelam falta de meios no incêndio de Pedrógão Grande

Bombeiros contestaram acusações do Ministério Público.

08 de fevereiro de 2019 às 09:09
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Arguidos revelam falta de meios no incêndio de Pedrógão Grande

Falhas no sistema de comunicações, falta de meios humanos e autonomia insuficiente para reforçar o número de meios aéreos, foram algumas das razões apresentadas esta quinta-feira por Sérgio Gomes e Mário Cerol, o 1º e 2º Comandante Distrital das Operações de Socorro de Leiria, e por Augusto Arnaut, comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, para justificar os problemas no combate ao incêndio de Pedrógão Grande, onde morreram 66 pessoas.

Os homens, responsáveis pelo combate do fogo que começou a 17 de Junho de 2017, integraram o grupo de arguidos que pediram a abertura da fase de instrução para contestar as acusações do Ministério Público.

"A Força Especial de Bombeiros, que estava em Castelo Branco, foi enviada pelo Centro Nacional de Operações de Socorro para um incêndio em Alpalhões, e só foi mobilizada para Pedrógão às 23h00", revelou Mário Cerol.

No dia do incêndio, Sérgio Gomes estava no hospital de Torres Vedras, com o filho. "Fiz seis ou sete contactos para comandantes de corporações que não dispunham de meios para ajudar", disse, adiantando: "Com o conhecimento que tenho hoje, tinha chamado o país inteiro".

A alteração súbita das condições climatéricas também foi mencionada.

"A EN236-1 não foi cortada porque nunca imaginei que o fogo ia nesse sentido e chegava daquela forma", admitiu Augusto Arnaut.

Os 13 arguidos estão acusados de 694 crimes de homicídio e ofensas à integridade física por negligência.

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