Caminha: Ferry parado por avaria no motor

"Posso afirmar com certeza quase absoluta que o assoreamento foi a causa directa da avaria, porque obriga o motor e as bombas a um esforço muito grande", referiu Júlia Paula Costa.

Acrescentou que estas avarias "tendem a tornar-se cada vez mais frequentes" com a crescente acumulação de areia no canal.

A retoma das travessias "deve demorar ainda algum tempo", porque, depois da reparação, a embarcação terá ainda de se submeter a vistorias pelo Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos e pela Capitania do Porto de Caminha.

Segundo Júlia Paula Costa, a dragagem do canal é da responsabilidade do Ministério do Meio Ambiente de Espanha, que já abriu o respectivo concurso público.

A presidente da Câmara de Caminha já tinha admitido parar o "ferry" a partir de 15 de Setembro, por falta de condições do canal de navegação, devido ao assoreamento.

No entanto, face à garantia de Espanha quanto à realização das dragagens, as carreiras continuaram, mas apenas na maré-alta, já que na baixa a navegação é "completamente impraticável".

"Um barco anda na água, não na areia", sublinhou Júlia Paula.