Tribunal tenta devolver preservativos
Material apreendido em caso de lenocínio foi destruído.
"Temos de nos rir, que este país está muito sério". Vítor Carreto, advogado, reage assim ao CM ao facto de uma sua bem-humorada resposta ao Tribunal de Vila Franca de Xira se ter transformado agora num sucesso nas redes sociais da internet. A carta, de agosto de 2014, sugere ao juiz que entregue 101 preservativos, apreendidos num caso por lenocínio, a um clube de pesca: "Uma das técnicas ancestrais usadas no mar e rios consiste em meter a minhoca no preservativo de forma a enganar o peixe", usando depois "a mesma minhoca e preservativo", escreve.
"Os preservativos já foram destruídos por ordem do juiz. E os meus clientes continuam sem frequentar a noite, sofrendo de várias mazelas", disse ontem Vítor Carreto ao CM. Tudo começou com a condenação em 2011 de dois clientes do advogado, entretanto absolvidos na Relação. Tinham um bar de alterne e foram-lhes apreendidos 101 preservativos. O juiz tentou devolvê-los no ano passado e Vítor Carreto explicou, na carta, que os clientes não precisam deles, pois "já não frequentam a noite" e, com a depressão do julgamento, "perderam as faculdades motoras dos órgãos sexuais" e ficaram com medo "de espaços reservados de boîtes refinadas".
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