Casal e filhos abasteciam as claques
Família fabricava explosivos com ajuda de vigilante do estádio do FC Porto.
Uma família da freguesia de Carreira, em Barcelos, era responsável por fornecer grande parte dos explosivos usados pelas claques de futebol nos recintos desportivos.
A investigação da PJ de Braga, que apanhou nas escutas telefónicas elementos dos Super Dragões a encomendar explosivos, apurou que António Ribeiro, a mulher, as duas filhas e companheiros e o filho integravam "a empresa familiar dedicada à produção e comercialização de artigos pirotécnicos".
O patriarca da família foi detido, bem como Rui Tiago Araújo, "com quem trabalhava em estreita colaboração" e que, além de ser segurança no estádio do FC Porto, "se dedicava à preparação dos materiais necessários para o fabrico ilegal de foguetes, acabados ou semiacabados, ao fabrico de misturas pirotécnicas e comercialização", afirma a investigação.
Detidos serão ouvidos hoje em tribunal Os nove arguidos, com idades entre os 27 e os 53 anos, passaram duas noites presos nos calabouços da polícia (PJ e GNR), depois de terem sido detidos na quinta-feira de manhã.
Foram levados ontem, ao final da tarde, ao tribunal de Guimarães para serem presentes ao juiz de instrução criminal, seguindo o prazo legal estipulado pela lei, mas só hoje começam a ser ouvidos em primeiro interrogatório judicial.
Não é certo que as medidas de coação sejam conhecidas já hoje.
PORMENORES
Buscas no Norte e Centro
A PJ de Braga realizou 34 buscas nos distritos do Porto, Braga, Vila Real e Viseu e deteve nove arguidos no âmbito da operação Petardo.
Claque do Braga na mira
A operação decorreu na sede dos Red Boys - claque afeta ao Sp. Braga - no bairro das Andorinhas, em Braga. Foi o líder da claque, conhecido por ‘Lula’, quem acompanhou a PJ.
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