CASCAIS LEVA LIMPEZA AO FIM DO MUNDO
A Câmara de Cascais começou ontem no bairro Fim do Mundo, na Galiza, uma "operação de limpeza" em bairros degradados do concelho, em nome da higiene pública e do combate ao tráfico de droga.
Segundo o vereador da Acção Social, Rui Rama da Silva, a operação que começou no Fim do Mundo, tem o objectivo de "baixar o nível de insalubridade" do bairro, onde moram 300 pessoas sem saneamento básico.
"Há dois anos fizemos uma operação semelhante e tirámos 700 toneladas de lixo. Agora contamos tirar mais", disse Rama da Silva, acrescentando que para a semana é a vez do bairro das Marianas, em Carcavelos.
Metade das 300 pessoas do bairro Fim do Mundo não têm direito ao Plano Especial de Realojamento (PER), e a outra metade espera o visto oficial do Tribunal de Contas (TC).
O presidente da autarquia, António Capucho, que assistiu à operação de limpeza no Fim do Mundo, frisou que este bairro tem indícios de crime organizado de tráfico de droga, prostituição e até pedofilia.
Artur Mendonça, morador no Fim do Mundo, reconhece que o bairro "já viveu melhores dias" e que precisa de uma limpeza, mas não conhece casos nem queixas de prostituição e pedofilia.
"Temos droga aqui, como há em todo lado, mas não há pedofilia nem prostituição", disse o morador, lamentando a demolição de uma "mercearia" junto a um bar.
No local, alguns jovens reclamavam um espaço próprio, dado que "não há nenhuma associação de jovens”.
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