Comando dos bombeiros de Mirandela acusado de desviar 120 mil euros
São suspeitos de receberem verbas do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios por serviços que não prestaram.
O atual comandante dos bombeiros de Mirandela, Luís Soares, bem como o ex-comandante Edgar Trigo, e ainda a Associação Humanitária, estão acusados pelo Ministério Público da prática de crimes de peculato, abuso de poder e falsificação de documentos.
Segundo a acusação, desde 2014, e juntamente com o então presidente Marcelo Lago (já falecido em 2024), os arguidos montaram um esquema para receber quantias da Autoridade Nacional de Proteção Civil, a título de serviços no âmbito do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais, que não chegavam a ser prestados, integrando os valores auferidos, que ultrapassam os 120 mil euros, no património da Associação.
O processo arrancou depois de uma denúncia anónima, apresentada em 2019.
Luís Soares já reagiu à acusação, dizendo ser “inocente”. Assegura ainda que vai “requerer a abertura da fase de instrução do processo”. Em caso de condenação pelo crime de peculato, o atual comandante incorre na pena acessória de proibição de exercício de funções.
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