Começou o julgamento do suspeito de matar a tiro segurança de bar em Monção
Crime remonta a 2024. Depois de ser impedido de entrar, pela vítima, o arguido regressou ao bar noite seguinte, tendo uma das balas atingido o segurança na cabeça.
Leonel Domingues começou a ser julgado, esta manhã de quarta-feira, no tribunal de Viana do Castelo, pela suspeita de ter baleado mortalmente João Pereira, segurança do bar 'Fim do Mundo', em Monção, em Setembro de 2024. Perante o coletivo de juízes, o arguido manteve-se em silêncio.
O homem, que estava no carro de Leonel Domingues na noite da morte de João Pereira, confirmou, ao coletivo de juízes, ter visto o arguido a efetuar dois disparos, junto à porta do bar. No entanto, a testemunha não confirmou se os disparos foram feitos em direção a João Pereira. Ainda assim, a testemunha revelou que Leonel Domingues afirmou que tinha disparado "só para assustar".
Segundo o Ministério Público, Leonel Domingues, depois de ser impedido de entrar, pela vítima, no estabelecimento de diversão noturna, regressou ao bar na noite seguinte. Tocou à campainha e esperou que João Pereira a abrisse a porta. Assim que o segurança surgiu, o arguido disparou, com um pistola calibre 6.35mm, dois tiros. Uma das balas atingiu a cabeça de João Pereira, provocando-lhe a morte. De acordo com a Acusação Pública, Leonel Domingues gritou "Vamos, vamos" e escapou. O arguido, depois de esconder a arma de fogo, deslocou-se a um bar, em Melgaço, para conviver com amigos.
O arguido foi impedido de entrar no bar, por João Pereira, por ter causado desacatos em noites anteriores. Leonel Domingues, antes de sair do local, segundo a Acusação Pública, ameaçou o segurança, garantindo que lhe ia "dar um tiro". Na noite seguinte, antes de se dirigir ao bar "Fim do Mundo", Leonel Domingues terá estado a praticar tiro ao alvo, num barril, no quintal da sua habitação, em Gave, Melgaço.
Leonel Domingues responde pela suspeita dos crimes de homicídio qualificado e detenção de arma proibida.
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