Concurso de acesso ao ensino superior próximo de superar total de candidatos de 2018

Primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior termina esta terça-feira.

06 de agosto de 2019 às 18:14
Ensino Superior Foto: Getty Images
Sala de aula Foto: Getty Images
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A primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior tinha registadas 49.411 candidaturas, quase tantas como o total de candidatos à primeira fase em 2018, a 24 horas do fim do prazo, mostram dados oficiais divulgados esta terça-feira.

A primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, que arrancou em 17 de julho, decorre até ao final do dia de hoje e só na quarta-feira será conhecido o número final de candidatos, mas as estatísticas diárias publicadas na página oficial da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) permitem antecipar um crescimento no número de candidatos face a 2018.

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As entregas diárias de candidaturas têm estado consistentemente acima dos totais diários de 2018, em cerca de mais de duas mil candidaturas diárias face ao mesmo período do ano anterior.

A manter-se a tendência, o concurso de 2019 deve encerrar com mais candidatos do que o de 2018 e ultrapassar a barreira dos 50 mil candidatos, que no ano passado não foi atingida, ficando-se pelas 49.625 candidaturas entregues.

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As candidaturas ao ensino superior caíram a pique durante o período de assistência financeira a Portugal, perdendo mais de 10 mil candidatos entre 2010, o ano imediatamente anterior ao pedido de ajuda à troika, e 2013, o ano com o menor número de candidatos na última década, com menos de 40.500 candidaturas entregues.

Para além da perda de candidatos, o ensino superior perdeu também nesta fase muitos estudantes matriculados, que por dificuldades económicas abandonaram os cursos a meio.

A recuperação económica dos últimos anos permitiu diminuir o abandono e recuperar candidatos ao ensino superior: em 2017 voltaram a ser mais de 50 mil.

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Mas os 52.580 candidatos de 2017 caíram para 49.624 em 2018, uma quebra de 5,6%.

Na altura, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, associou os números a um maior dinamismo da economia nacional e do mercado de trabalho, mais capaz de absorver jovens que queiram começar a trabalhar mais cedo e prosseguir estudos mais tarde e desdramatizou a quebra de candidatos, preferindo enfatizar a necessidade de as universidades e politécnicos apostarem em ofertas em horários pós-laborais.

A primeira fase de candidaturas ao ensino superior arrancou a 17 de julho com 50.860 vagas no concurso nacional de acesso, um total praticamente inalterado face a 2018, que teve a concurso 50.852 vagas

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No total, contabilizando também os concursos locais de acesso, os lugares disponíveis este ano são 51.568.

Em 2019, os candidatos têm 1.087 cursos à disposição nas universidades e politécnicos públicos e a expectativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) é que o número de candidatos seja semelhante ao de 2018.

"Face aos resultados dos exames nacionais já realizados é expectável que o número de candidatos às vagas colocadas a concurso seja também semelhante face ao ano anterior", lê-se numa nota do MCTES divulgada em julho.

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Os cursos em que a procura em primeira opção por alunos com uma média de candidatura mais alta do que 17 valores em 2018 foi superior ao total de vagas que abriram estão obrigados a aumentar o número de vagas entre 5% a 15% para o ano letivo de 2019-2020, segundo uma decisão do MCTES, que deixou de fora os cursos de Medicina, que mantêm o 'numerus clausus' do ano passado.

A medida não significa mais vagas em todas as universidades e politécnicos, uma vez que as instituições têm de cortar 5% onde não houve nenhum candidato com média de 17 valores.

As instituições do litoral do país -- exceto Lisboa e Porto -- estão impedidas de aumentar o número total de vagas, o que poderá significar reajustes: ao aumentar num curso muito procurado, têm de cortar noutro com pouca procura.

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Nas instituições em zonas de menor pressão demográfica ou menor procura, situadas maioritariamente no interior do país, é dada a possibilidade de aumentar vagas em cursos considerados estratégicos para a especialização da instituição, num máximo de três cursos por instituição.

Em todas as regiões é recomendado o reforço da oferta em áreas que a tutela considera essenciais ao país na formação: competências digitais e ciências de dados.

No ano passado, em que Lisboa e Porto sofreram um corte de 1.100 vagas para privilegiar a escolha de cursos em universidades e politécnicos do interior do país, o concurso nacional de acesso atraiu menos de 50 mil candidatos para as mais de 50 mil vagas.

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O portal Infocursos, da responsabilidade da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, apresenta estatísticas que podem ajudar os estudantes a escolher um curso.

Os resultados da primeira fase do concurso nacional de acesso são conhecidos em 09 de setembro e as matrículas vão decorrer até 13 de setembro.

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