Concurso para guardas prisionais em zona de guerra

ONU abre dez vagas e oferece salário de seis mil euros por mês.

01 de maio de 2019 às 10:07
Guardas prisionais são chamados a participar em concurso para trabalhar no Sudão do Sul Foto: EPA
Guarda Prisional Foto: Nuno Alfarrobinha
Guarda prisional Foto: Ricardo Almeida
Guarda prisional Foto: Ricardo Jr

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Os guardas prisionais portugueses estão a ser chamados a participar num concurso aberto pelas Nações Unidas (ONU), que abriu dez vagas para um campo de refugiados e prisioneiros no Sudão do Sul.

Recorde-se que este país africano, o mais jovem do continente, é palco há cerca de seis anos de uma guerra com milhares de mortos e refugiados.

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As condições, ao que o CM apurou, são aliciantes. Um salário que ronda os seis mil euros mensais, com um contrato de um ano, renovável mediante acordo da ONU. As dez vagas estão abertas a candidatos de todo o Mundo.

Caso haja algum português escolhido, irá enfrentar condições de trabalho difíceis. As funções passam pela vigilância de refugiados e prisioneiros, numa zona controlada pela ONU, mas rodeada ainda por focos de conflito.

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O CM contactou fonte oficial dos Serviços Prisionais, que confirmou a abertura do concurso, afirmando que "esta direção-geral se limitou a divulgar o aviso das Nações Unidas".

Jorge Alves, presidente do Sindicato Nacional da Guarda Prisional, disse, no entanto, ao CM "lamentar que os guardas tenham sabido deste concurso muito tarde".

"A maioria dos guardas só soube da abertura deste concurso no final da semana passada e o prazo termina amanhã [hoje]".

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"Já houve um anterior concurso semelhante, há cerca de cinco anos, em que guardas nacionais foram escolhidos. Acabaram por não ir, porque a direção-geral não autorizou, alegando que isso iria agravar o défice de efetivo", concluiu.

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