Contradições marcam julgamento de professor acusado de homicídio por negligência por morte de aluno

Tribunal de Leiria marcou alegações finais para dia 17. Arguido está acusado de homicídio por negligência.

02 de outubro de 2025 às 01:30
Criança morre após ser atingida por baliza em colégio de Leiria Foto: Pedro Brutt Pacheco
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Afinal de quem é a baliza amovível que ao cair atingiu mortalmente um aluno de 15 anos que se tinha pendurado na trave, em maio de 2021, durante uma aula de Educação Física, no Colégio Conciliar de Maria Imaculada, em Leiria?

Na primeira sessão do julgamento do caso, o arguido – professor de Educação Física da vítima – disse que a baliza pertencia à academia de futebol que partilha a utilização dos campos de jogos com o colégio.

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Mas na sessão desta quarta-feira, o presidente da academia disse ao Tribunal de Leiria que "a aquisição foi feita pelo Colégio", "havia um caderno de encargos elaborado pelo Colégio e nós participámos na escolha por questões logísticas de gestão de empreitada", disse a testemunha, adiantando que aquela baliza e outro equipamento eram utilizados tanto nas aulas de Educação Física como nos treinos de futebol da academia.

Já quanto aos contrapesos, negou ter tido qualquer conversa ou recebido qualquer email do arguido. Disse que os sacos com areia apenas eram usados apenas pontualmente como contrapesos, já que a regra era prender com ganchos às balizas uns pesos de metal com cimento e ferro que pesavam 50 quilos.

O julgamento prossegue no próximo dia 17, com as alegações finais. No banco dos réus está sentado apenas o professor de Educação Física da vítima, que está a ser julgado por um crime de homicídio por negligência.

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