Conversa ao telefone com amiga foi a última de Susana Gravato. Vereadora da Câmara de Vagos encontrada morta em casa
Está tudo em aberto, mas há vários sinais a apontar para para um assalto violento. Marido encontrou Susana em paragem cardiorrespiratória.
Susana Gravato, vereadora do PSD da Câmara de Vagos, foi encontrada pelo marido em paragem cardiorrespiratória (PCR), na residência de ambos, na Rua Parque de Campismo, na Vagueira. É provável que tenha sido assassinada, uma vez que o corpo apresentava graves ferimentos na cabeça e se encontrava tapado dos pés à cabeça com uma manta. Não está afastada a possibilidade de uma morte ocorrida durante um assalto. Mas, para já, a PJ mantém todas as hipóteses em aberto.
Certo é que tudo aconteceu ao princípio da tarde. Susana Gravato encontrava-se ao telefone com uma amiga, funcionária da autarquia, quando, de repente, disse “ai” e se fez silêncio. A amiga tentou restabelecer o diálogo, ligando de novo, mas Susana já não atendeu. Dada a ausência de resposta, ligou para o marido da vereadora, que trabalha numa empresa relativamente próxima da casa. Foi então que este encontrou a mulher deitada no sofá, tapada e ensanguentada. Ligou para o 112 e, enquanto o socorro não chegava, realizou manobras de reanimação, continuadas depois pelos bombeiros. À chegada da viatura de médica de emergência e reanimação, percebeu-se que nada havia a fazer. Dado o cenário encontrado, resultado de grande violência, o caso foi comunicado à PJ de Aveiro.
Numa primeira analise, os inspetores ter-se-ão apercebido de que algumas divisões estariam remexidas. Outro dado que lhes terá chamado a atenção e que poderá dar consistência à tese do assalto: foi encontrado um saco com dinheiro. Poderá ter sido deixado pelos alegados assaltantes na fuga. É todo este conjunto de elementos que a PJ procura agora reunir, além da audição de testemunhas, para apurar o que realmente se passou.
Susana Gravato tinha 49 anos e desde os seis que residia na Vagueira, freguesia da Gafanha da Boa-Hora, concelho de Vagos. Era licenciada em Direito e exercia Advocacia desde 2005. Era militante do PSD desde 1994, tendo feito parte da JSD. Entre 2009 e 2013, foi membro da Assem- bleia Municipal de Vagos, eleita pelo Movimento Vagos Primeiro. Atualmente, era vereadora da Câmara de Vagos com os pelouros da Adminis- tração Geral, Ambiente, Proteção e Saúde Animal, Justiça (Reinserção Social, Violência Doméstica, Julgados da Paz e Apoio a Vítimas de Crime), Coesão Social e Maioridade. O marido é empresário e diretor da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vagos.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt