“Culpa não pode morrer solteira”: autarca de Santo Tirso quer responsabilidades para mortes de animais
Proprietárias foram identificadas por maus-tratos a animais.
Cinco dias após o incêndio que matou pelo menos 73 animais em dois abrigos ilegais na serra da Agrela, em Santo Tirso, o presidente da câmara, Alberto Costa, diz que é preciso apurar responsabilidades. Foi aberto um inquérito interno e o veterinário municipal foi suspenso. As duas proprietárias dos abrigos - de 41 e 73 anos - foram identificadas pela GNR por maus-tratos a animais de companhia.
De visita ao canil/gatil municipal, onde estão três dos 190 animais resgatados, Alberto Costa afirmou que "todos sabiam da situação". "Estamos a averiguar o que foi feito pela autarquia nos últimos anos, por isso abrimos um inquérito interno. O veterinário municipal é da Direção-Geral Alimentar e de Veterinária. Por isso, parece claro que todos sabiam de tudo", disse, salientando que a verdade tem de ser apurada. "Todos vão tentar atirar as responsabilidades, mas espero é que a culpa não morra solteira", esclareceu.
Os momentos de terror ainda são recordados por quem esteve no local. Helder Tulha, o novo veterinário municipal, acredita que houve muitas falhas no processo. "Falhou muita coisa, é preciso ver quem é o responsável. Ando há duas noites sem dormir devido ao que vi", disse o responsável que acompanhou a visita ao canil.
Esta terça-feira registaram-se novos movimentos populares para libertar animais retidos em canis, alegadamente ilegais, em Santa Maria da Feira e na zona da Maia, tendo a GNR intervindo para evitar agressões sobre os proprietários.
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