Defesa de família de Rui Pedro acredita em golpe de sorte

Advogado diz que não se pode tirar a esperança a uma mãe.

31 de março de 2017 às 08:38
Afonso Dias Foto: Nuno Fernandes Veiga
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Filomena Teixeira vive desesperada há 19 anos Foto: Direitos Reservados
Afonso Dias Foto: Rafaela Cadilhe
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Ricardo Sá Fernandes, que defende a família de Rui Pedro, o menino desaparecido há 19 anos em Lousada, diz que não se pode perder a esperança. Afonso Dias já está em liberdade e nada contou sobre o paradeiro do menino que desapareceu quando tinha 11 anos, roubando a esperança de Filomena e do marido Manuel.

"Mais do que a prisão, queríamos que ele nos contasse o que aconteceu. Eu merecia saber. Merecia morrer a saber a verdade", diz Filomena emocionada .

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Para o advogado, o processo não morreu, não acabou. "Temos de acreditar num golpe de sorte. No remorso ou que aconteça alguma coisa, como um pontapé numa pedra. Nunca se sabe. Não podemos retirar a esperança a estes pais", continua Ricardo Sá Fernandes, que não esconde a indignação pelo silêncio de Afonso Dias: "Em tribunal calou-se. Construiu uma história e tantos anos depois já acredita nela."

O silêncio em tribunal contrasta com a posição, agora, de Afonso Dias. Que, ao ser libertado, disse estar a escrever um livro.

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"A história de um inocente", explica o homem que foi condenado a três anos de prisão por raptar Rui Pedro.

Entretanto, esta quinta-feira, em Lousada, vai estrear uma peça de teatro no auditório municipal do concelho, baseada precisamente na história de Filomena Teixeira. "O amor de uma mãe" é o mote do grupo que realça no cartaz que "o amor nunca morre. Fica guardado".

"O meu filho está gravado em mim. E ficará sempre comigo", diz Filomena Teixeira.

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