Dezenas querem manter sede do Carnide Clube
Grupo de associados, atletas e dirigentes juntou-se para exigir que o clube não seja despejado.
Dezenas de pessoas reuniram-se esta segunda-feira na rua Neves Costa, em Lisboa, num protesto contra o encerramento da sede histórica do Carnide Clube, na sequência de uma ação de despejo movida pelo proprietário do palacete. O prazo para abandonar as instalações, onde se encontra a direção e funcionam as aulas de artes marciais, acaba sexta-feira.
A presidente do clube desportivo, Tânia Estronca, afirma que apesar da "incerteza", não vão "abandonar as instalações" e promete que todos vão "lutar" para manterem a sede. A responsável lembra que o Carnide Clube, fundado em 1920, há 98 anos, é "feito de famílias" e de pessoas "que passaram aqui a infância", e que hoje são adultos e idosos com uma grande ligação à instituição.
Marta Faria, de 25 anos, é atleta de futsal do Carnide Clube e começou a treinar, aos 10 anos, no antigo campo de futsal, que ficava ao lado da sede. A atleta afirma que "é muito triste" que o clube tenha de fechar as portas da sede.
"O espaço, em si, não foi alterado. As memórias, os cheiros. É tudo muito característico, porque desde há 16 anos que eu tenho contacto com o clube e o Carnide é a minha segunda casa", contou ao CM Marta Faria.
Também Filipe Caturra, de 37 anos, que é professor de Taekwondo no clube, diz que "está tudo inquieto" com a atual situação que o Carnide está a viver. "Nós queremos acreditar que vamos ficar aqui. Isto é a nossa casa. Todos os nossos atletas já estão habituados a treinar aqui", lamentou o treinador.
Os atletas, dirigentes e associados do Carnide Clube esperam que o desfecho seja diferente do que atualmente está traçado e que a associação desportiva possa manter a sede.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt