Direito de resposta de Proença de Carvalho
Direito de resposta de Daniel Proença de Carvalho.
Na edição de 22 de janeiro p.p. do seu jornal afirma-se, com base em alegadas escutas ao eng. José Sócrates, que eu teria "interferido" com a decisão da ERC sobre uma queixa apresentada pelo eng. Sócrates contra o Correio da Manhã, "tendo como objetivo condicionar os membros da ERC, de forma a decidirem favoravelmente em relação a Sócrates". Hesitei em exercer o direito de resposta por 3 razões: primeiro, porque não reconheço ao Correio da Manhã a mínima credibilidade; segundo, porque é claro o objetivo do Correio da Manhã de atingir um grupo concorrente, bem visível ao apresentarem-se, na campanha em curso, como "presidente do conselho de administração da Controlinveste", que detém dois jornais diários (DN e JN) e uma rádio (TSF); terceiro, porque o Correio da Manhã se baseia em alegadas escutas que só pode ter obtido por meio da prática de crimes.
Mas para que não restem dúvidas quero afirmar com total firmeza:
1- Apresentei a queixa a que se refere a "notícia" na minha qualidade de advogado, no exercício do património forense do eng. Sócrates.
2- Não tive qualquer outra interferência no processo, para além da que consta dos respetivos autos
3- A vinda ao escritório a que pertenço do dr. Carlos Magno ocorreu em 29 de Setembro de 2014, ou seja mais de sete meses após deliberação da ERC sobre o alegado processo. O dr. Carlos Magno não esteve sequer comigo na reunião que teve no nosso escritório, reunião com um colega meu para tratar de um assunto relativo a uma empresa cliente do escritório que nada tem a ver com assuntos da comunicação social ou do eng. Sócrates. Tudo isto está documentado de forma que não deixa qualquer dúvida.
Concluo reafirmando a total falsidade desta imputação do CM, cujo tipo de jornalismo repudio. Digo, com honra. Que tendo exercido cargos diretivos em órgãos de comunicação social e tendo escrito muitas dezenas de artigos de opinião ao longo da minha vida já longa, nunca fui acusado de não respeitar a verdade ou os deveres deontológicos do jornalismo. Quem me acusa usando a mentira, a deturpação dos factos e as insinuações torpes, tem o curriculum que tem na matéria de deontologia.
Espero não voltar a dirigir-me a V. Exª, embora bem saiba que a campanha vai prosseguir, seguramente com os mesmos métodos.
Daniel Proença de Carvalho
ND - O CM responderá na edição de amanhã a esta carta de Proença de Carvalho
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Leia a Nota Editorial de Octávio Ribeiro sobre o direito de resposta de Proença de Carvalho.
Leia a notícia que motivou o direito de resposta de Proença de Carvalho.
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