Diretor da equipa de ciclismo do FC Porto e diretor desportivo do União Ciclismo da Maia detidos em megaoperação da PJ
Atenções concentram-se na equipa W52-FC Porto que, este domingo, não compareceu numa prova.
O diretor da equipa de ciclismo do FC Porto (W52), Nuno Ribeiro, e o diretor desportivo União Ciclismo da Maia, José Rodrigues, foram detidos numa megaoperação da Polícia Judiciária que visava detetar métodos proibidos e o uso substâncias ilícitas suscetíveis de adulterar a verdade desportiva em provas do ciclismo profissional.
No âmbito da operação, desencadeada pela PJ do Porto e coordenada pela DIAP do Porto, foram realizadas dezenas de buscas domiciliárias e não domiciliárias em diversas regiões do país, com especial foco no Porto e na Maia, visando dirigentes, atletas e instalações. As atenções concentram-se na equipa W52-FC Porto que, este domingo, não compareceu numa prova.
A operação ainda está em curso e as principais buscas foram realizadas ao início da manhã deste domingo.Os atletas estão a ser sujeitos a testes antidoping no Hotel Turismo de Trancoso, no distrito da Guarda, onde alguns ciclistas assistiram à detenção de Nuno Ribeiro. Os resultados da testagem dos desportistas ainda não são conhecidos.
Nuno Ribeiro foi detido porque as autoridades defendem que será ele o principal impulsionador deste esquema criminoso e que terá sido por decisão sua que terão sido adquiridas as substâncias ilícitas, que os atletas consumiriam de forma regular. Já
José Ribeiro terá também uma grande ligação a esta equipa de ciclismo do FC Porto, apesar de dirigir o União Ciclismo da Maia.
Os dirigentes do FC Porto não confirmaram oficialmente a situação, mas admitem não estar a conseguir contactar a equipa de ciclismo.
A PJ apreendeu ainda diversas substâncias e instrumentos clínicos, usados no treino dos atletas e com impacto no seu rendimento desportivo, e está também a investigar quem fornecia estas substâncias aos atletas.
Já há vários arguidos neste processo, incluindo ciclistas.
Os dois detidos serão presentes terça-feira ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto.
Nesta megaoperação, denominada de "Prova Limpa", estiveram envolvidos 120 elementos da PJ.
Federação Portuguesa de Ciclismo reage
A Federação Portuguesa de Ciclismo já veio reagir, em comunicado, ao resultado desta megaoperação da PJ, afirmando que aguarda "serenamente o desenrolar do processo". A federação sublinha ainda que "condena frontalmente toda e qualquer atividade tendente a adulterar a verdade desportiva
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